O ciclo da vida marinha é algo que se deve respeitar, tanto para que tenhamos produtos marinhos de elevada qualidade à mesa, como para se preservar as espécies marinhas.
É baseando-se no respeito a este ciclo que as autoridades decretaram que, de hoje, 01 de Julho, até ao dia 31 de Agosto deste ano, está vetada a pesca de carapau ao longo da costa marítima angolana.
Esta medida, que é implementada anualmente, visa estabelecer o tempo necessário para a desova e reprodução plenas do peixe.
Uma medida assertiva, mas que nem todos os armadores e pescadores artesanais acatam, pelo que deve ser acompanhada de maior fiscalização por parte das autoridades competentes.
Além de que urge a necessidade de se sensibilizar os sobas sobre as limitações que têm nesta matéria, uma vez que, por vezes, chegam a desautorizar a orientação do Estado.
Em 2016, por exemplo, a então ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, denunciou a existência de grupos organizados que utilizam o sistema de pesca “Banda-Banda” e “Rapa”, pondo em risco a preservação e gestão dos recursos pesqueiros.
Ainda assim, a situação persiste. Tais grupos aportaram, há duas semanas, nas praias de Musserra, município do Nzeto, província do Zaire, e podem estar a devastar os recursos pesqueiros.