A comitiva de Angola na França, chefiada pelo secretário de Estado para Energia, Arlindo Carlos, contou com a participação de destacados líderes e especialistas, incluindo o director-geral da Business France, que sublinhou a importância económica de Angola e da África do Sul na região.
Arlindo Carlos destacou a história das relações bilaterais entre Angola e França desde 1982 e apresentou metas ambiciosas de transição energética do país, com foco na ampliação das energias renováveis para atingir 73% até 2027.
Os painéis do fórum cobriram uma ampla gama de temas, desde as perspectivas económicas para a África e Oceano Índico, a transição energética, infra-estruturas adaptadas às mudanças climáticas, potencial dos produtos alimentares franceses, até a transformação digital para o desenvolvimento.
No primeiro painel, destaque para as perspectivas económicas de África e Oceano Índico, onde, para além das intervenções do líder dos empregadores sul-africanos, discutiu-se a necessidade de reformas económicas para atrair novos e mais investimentos, da África do Sul.
Do lado angolano, Bruno Baptista, representante da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), fez saber que o petróleo ainda é um produto de grande valor para a economia angolana.
Entretanto, enfatizou as oportunidades de investimento crescentes na agricultura, no turismo e infra-estruturas, como são os casos do novo Aeroporto Internacional de Luanda e o Corredor do Lobito, essenciais para o desenvolvimento regional.
A “Energia do Futuro” foi outro tema de debate com os projectos de energia na África do Sul, no centro da conversa, tendo contado com a participação de altos executivos da TotalEnergies e da Câmara de Comércio França-África do Sul.
Na França, foi ainda discutida o tema sobre “Infra-estruturas e Cidades”, que tratou de partilhar detalhes e experiências sobre este segmento adaptadas às mudanças climáticas, vindo de representantes de grandes empresas francesas.
Este evento visou reafirmar o compromisso de Angola em atrair investimentos estrangeiros para impulsionar o desenvolvimento económico sustentável do país.