As palavras escondem as intenções, tomam decisões, dizemnos muito e, às vezes, pouco ou nada. Elas são os meios pelos quais os nossos pensamentos são ouvidos pelos outros. Dizem-nos segredos, novidades ou antiguidades. Quer dizer, são a fonte da comunicação verbal.
Ocupam espaço e têm peso— uma carga emocional, intelectual, social, cultural, religiosa, etc. Assim, não se lhes pode atribuir o mesmo valor, pelo que a relatividade delas é atestada em conformidade com a finalidade que delas se pretende.
As palavras de um filósofo são diferentes das palavras de um poeta, por exemplo. Os poetas desenham as palavras à sua imaginação; os filósofos usamnas na medida da sua reflexão. Então, as palavras não nos dizem a mesma coisa em todas as circunstâncias.
Outro ponto que nos salta aos olhos é o conhecimento que delas temos, o sentido que as acusamos possui-lo. Pois, em si mesmas, do que se valem? Uma questão que fica! Não me digo estar a dizer a verdade, pois ela não se diz como que de uma constatação subjectiva se tratasse, est factus.
Se as palavras são usadas contextualmente, segundo é dito, a sua compreensão e consequente interpretação encontram garantia na inteligência de cada indivíduo.
As palavras são extensão da divindade; o próprio Deus era palavra, informa a bíblia cristã. Então, não é mera coincidência quando a referência que delas se faz se atrela ao “poder”, pois elas calmam-nos, deixam-nos frustrados, fazem-nos felizes e infelizes. Em suma, as palavras são para nós um nada, um quase tudo, uma condenação da comunicação verbal.
Por: MANUEL DOS SANTOS