A Comissão Sindical do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos denunciou ontem, 29 de Junho, estar a sofrer intimidações.
Foram impedidos de realizar a conferência de imprensa para o balanço da greve, além de aplicarem faltas aos que aderiram à paralisação.
Os membros da comissão sindical tinham marcado para ontem a apresentação do balanço da primeira fase da greve.
Segundo a secretária da comissão, Eugénia Chirimbimbi, foram impedidos pela polícia de realizar a actividade, com receio de que eles fossem expor “todas as sabotagens que sofreram durante o período da greve”.
A primeira fase da greve, que foi de 06 a 10 de Maio, ficou marcada pela adesão de muitos funcionários, mas que foram escorraçados pela polícia, sem que estes reagissem da mesma forma para não serem acusados por vandalismo.
Após a primeira fase da greve, o sindicato afirma não ter sido chamado para negociar nenhum dos pontos do caderno reivindicativo, e as únicas coisas que têm registado são os descontos salariais e a colocação de faltas injustas.
Ainda nesta senda, os mesmos afirmam que têm sofrido ameaças, coacção e transferências de posto. De acordo com a secretária da comissão sindical do ministério das Pescas e Recursos Marinhos, Eugénia Chirimbimbi, já intentaram uma acção judicial ao tribunal de relação contra a entidade empregadora, por terem marcado faltas, feito descontos salariais e avaliação de desempenho dos funcionários.
Fizeram também uma denúncia na Direcção Nacional de Investigação de Acção Penal, pelos actos cometidos pelos ministros das Pescas, do MAPTESS e da Justiça.
O outro ponto que a comissão reclama e considera importante é a promulgação de um despacho para o enquadramento de novos funcionários na função pública para o sector das pescas, sem concurso público, com o objectivo de facilitar a entrada fácil de parentes dos dirigentes.