Os programas dos blocos de extrema-esquerda e da extremadireita, formados antes das eleições para a Assembleia Nacional francesa, podem provocar uma guerra dentro do país, afirmou, na Segunda-feira (24), Emmanuel Macron, Presidente da França. “Programas de ‘dois extremos’ levam à guerra civil”, disse ele, citado pelo canal francês BFM TV.
Macron criticou o partido Reagrupamento Nacional (Rassemblement National, em francês), como dividindo as pessoas pela religião e origem, e, portanto, aproximando a guerra civil.
Por sua vez, a França Insubmissa (La France Insoumise, em francês), fundada por Jean-Luc Mélenchon, propõe uma forma de comunitarismo eleitoral, que também pode levar à guerra civil, pois esse sistema se baseia na divisão das pessoas apenas pela sua filiação religiosa ou comunitária, concluiu o alto responsável.
Macron acredita que ambos os partidos estão a responder a problemas reais da população, mas, ao mesmo tempo, estão a aproximar o confronto interno. Nas eleições de 9 de Junho para o Parlamento Europeu, na França, o Reagrupamento Nacional mais do que duplicou a liderança da coalizão do presidente Macron, com 31,36% dos votos.
Em seguida, Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês, e a realização de eleições parlamentares extraordinárias em dois turnos, no Domingo (30) e a 7 de Julho.
De acordo com as pesquisas, mais de um terço dos franceses está pronto para votar no Reagrupamento Nacional, enquanto a coalizão presidencial pode receber menos de 20% dos votos.