A Sonangol e a Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), subsidiária da Chevron em Angola, assinaram ontem, em Luanda, dois “Contratos de Serviços com Risco” para concessão dos blocos 49 e 50, ambos na Bacia do Baixo Congo, considerada zona de risco para exploração petrolífera.
Com esse acordo, a Chevron vai efectuar estudos ao explorar os blocos em offshore e avaliar os riscos, bem como analisar se há reservas ou não a serem explorados.
Os respectivos contratos apontam que a CABGOC detém 80 por cento de participação e a Sonangol Pesquisa e Produção 20%.
Segundo a Angop, em 70 anos de operação em Angola, as referidas concessões constituem os primeiros activos operados pela CABGOC fora de Cabinda (Bloco 0).
A propósito, o director-geral da Chevron em Angola, Billy Lacobie, considerou os blocos 49 e 50 como uma nova oportunidade para partilhar tecnologia e expandir as suas operações no país, constituindo-se num portfólio significativo para empresa.
Já o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que, a partir deste momento, vai iniciar o trabalho de pesquisa e avaliação até chegar à exploração como resultado final.
Apesar de manifestar interesse no aumento da produção, o ministro lembrou que os referidos campos petrolíferos ainda não contarão para a produção de 2024 e 2025.
Para o ministro, a celebração dos contratos representa um sinal que o país continua a ser um pólo importante para a indústria petrolífera no mundo.
Reiterou, na ocasião, o compromisso do Governo impulsionar a estabilização dos níveis de produção do crude.
“Temos consciência que ambos os blocos, por conta das condições geológicas, encontram-se em zonas de risco, por isso os incentivos fiscais são justificados e ainda estarão abertos a ajustes, à luz do processo de reformas que continuam a ser implementadas há sete anos”, reforçou.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, referiu que o país registou um aumento na produção de barris de petróleo, nos últimos seis dias, contrariamente aos habituais um milhão e 200 mil barris/ dia, desde o princípio de 2024.
O gestor afirmou que a sua equipa está engajada na mudança de paradigma e consciente que o aumento contínuo da produção depende do crescimento da actividade de exploração.
A CABGOC detém 39,2% no Bloco 0 e uma participação de 31%, num contrato de partilha nos blocos 14 e 14/23.