A informação foi avançada, esta terça-feira, 18, ao Jornal OPAÍS, pelo técnico do Departamento de Licenciamento e Estatística, do Instituto de Supervisão de Jogos, Shildes Alegria, quando participava de um workshop, realizado pela Unidade de Informação Financeira (UIF), sobre a “Abordagem baseada no Risco”.
Sem mencionar os nomes das empresas sancionadas, Shildes Alegria avançou que estas empresas de jogos estão sediadas em Luanda, mas com representatividade nas províncias da Huíla e Benguela.
Os mais de 46 milhões de kwanzas foram absolvidos durante o exercício do programa de fiscalização e supervisão contra o incumprimento das regras de branqueamento de capitais, ocorrido 2023, em que as empresas visadas apresentavam um risco alto.
Na avaliação de risco de branqueamento de capitais, feita no período de 2019 a 2021, o Instituto de Supervisão de Jogos foi apontado como sendo o sector que apresentava maior vulnerabilidade, pelo facto de ter sido uma instituição que mais circulava somas avultadas de dinheiro em casa de jogos.
Conforme o técnico do Departamento de Licenciamento e Estatística do ISJ, as deficiências registadas, na altura, ocorreram devido à insuficiência de mecanismos de supervisão que a sua instituição apresentava.
Para Shildes Alegria, estas questões já estão a ser ultrapassadas com medidas de segurança, que passam pela aprovação de regulamentos próprios e criação de instrumentos de reforços à fiscalização das acções a nível do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
O Instituto de Supervisão controla, actualmente, 22 empresas de jogos, em todo país, repartidas em áreas de jogos de fortuna, operacionalizados em Casinos, e sociais, como as casas de apostas desportivas.
O ISJ, a nível de recursos humanos, dispõe de um número de trabalhadores inferior, 38, para controlo de mais de 20 casas de jogos existentes no país, uns dos desafios que a instituição diz estar a enfrentar, para além de conformidades legais, bem como tecnologias.
Por: Adelino Kamongua