A morte do nacionalista Fernando José de França Van-Dúnem é, sem dúvida, uma perda irreparável para Angola, em particular, e África, no geral.
Porém, o impacto deste duro golpe não está a ser sentido, de forma imediata, numa franja da sociedade angolana: a de adolescentes e jovens, nascidos depois de 2000 que, actualmente, frequentam o ensino superior ou médio.
Isso porque muitos deles só agora, em função das notícias que têm sido divulgadas desde o anúncio da sua morte, em Lisboa, vítima de doença, tomaram conhecimento da dimensão deste grande filho de Angola.
Desconhecem que, como afirmou o Chefe de Estado, João Lourenço, França VanDúnem foi uma das “figuras mais notáveis que tanto fez em vida pelo engrandecimento do povo angolano e da República de Angola”.
Tal desconhecimento poderia ser evitado se tivéssemos alguma avenida, bairro ou infraestrutura pública com o seu nome.
Não seria nenhum favor, mas um sinal de reconhecimento pelos seus feitos em prol da Pária: na academia, na diplomacia, no Governo e no Poder Legislativo. Os ex-alunos, antigos colegas de trabalho, familiares e amigos têm o dever de preservar o seu legado.