Nos dias que correm, o salário de técnicos nacionais, numa equipa do topo ou do meio da tabela no Girabola, está abaixo dos cinco milhões de kwanzas, segundo fontes do jornal OPAÍS.
Treinadores de futebol, que pediram anonimato, disseram que não tem sido fácil negociar com os clubes, porque os dirigentes alegam falta de condições financeiras para o efeito.
Na discussão contratual, normalmente os técnicos angolanos são colocados entre a espada e a parede e como não têm espaço de manobra acabam aceitando as propostas.
De acordo com a fonte, o salário, às vezes, pode baixar para os três ou quatro milhões de kwanzas, sem as condições que, normalmente, xenofobia e qualidade à parte, se dão aos que vêm do estrangeiro.
Em muitos casos, alegam os profissionais que pediram anonimato, surgem atrasos e não dá para chocar com o dirigente ou falar em público sob pena de se perder o emprego.
Assim, alegam que muitas vezes tem havido liquidez, mas o dirigente prefere fechar-se em copas e dizer que não condições para se pagar mais ou acima de cinco milhões de kwanzas.
Para se inverter o quadro, alguns treinadores, em razão da situação financeira que assola o país, disseram que o órgão que os liga, a Associação de Treinadores de Futebol de Angola (ATEFA), deve ser mais unida.
O grupo, que solicitou anonimato, frisou que os próximos desafios da ATEFA deve ancorar-se nas condições salariais dos treinadores, tendo como escopo um ponto de partida geral.
Nos últimos tempos, a qualidade que se exige vai surgindo com formações CAF e FIFA e logo não há razões para se dizer que os técnicos angolanos continuem abaixo de salários tidos como míseros para o esforço que se faz.