As mais recentes exibições de Angola no Campeonato Africano de Futebol, onde o país chegou até aos quartosde-final, fizeram com que os angolanos reganhassem o gosto e a confiança pela selecção nacional.
Até mesmo jogadores que actuam na diáspora – e que se mostravam distantes – convenceram-se de que terá chegado o momento de honrarem a terra que os viu nascer, ou então aquela em que estão depositados o cordão umbilical dos seus progenitores.
Não há como se mostrar distante deste ambiente que se vai constituindo, num puzzle que, durante anos, andou desfeito devido às exibições fraquíssimas e menos conseguida até com adversários de segunda ou terceira linha.
É por isso que cada vez mais angolanos procuram ver os palancas, seja pela televisão, ou então ao vivo, nos principais palcos, sendo o Estádio 11 de Novembro hoje transformado na principal catedral desde 2010, depois de se ter decretado o óbito da Cidadela Desportiva.
As belíssimas imagens de drone, projectadas pela Televisão Pública, ilustraram um cenário convidativo, cheio de luzes de várias cores que nos davam a entender estar perante uma redondeza digna daquilo que é – ou deveria ser – o Estádio 11 de Novembro.
Antes mesmo das imagens terem surgido, um amigo que pretendia chegar até ao local, perguntara num grupo do WhatsApp como é que estava o trânsito nas imediações do estádio? Alguém do outro lado respondeu categoricamente: ‘pesado’. Há muito que se vai chamando a atenção das autoridades para o que se vive na estrada entre o Calemba 2 e o Estádio 11 de Novembro.
Não é nada que dignifique a dimensão do próprio campo nem tão pouco do Campus Universitário aí instalado há vários anos.
Quem se desloca ao 11 de Novembro tem de deixar de ter como acesso apenas a Via Expresso, onde se pode conduzir ou encontrar um táxi em que os preços não são amargos, nem os motoristas usem como argumento para encarecer a rota o péssimo estado da estrada, que obriga até a dado momento ter que andar em sentido contrário com todos os perigos que se pode adivinhar.
Para os mais curiosos, se usam a via da terra batida, que daria lugar à BRT, correm ainda mais perigo. Por ser a picada que viu ser morta recentemente uma funcionária da AGT , por sinal sobrinha do então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o malogrado Chinho, por ironia do destino antigo futebolista que ainda brilhou no Estádio 11 de Novembro.