Durante um acto pré-eleitoral na cidade italiana de Bari, Salvini se dirigiu publicamente a Emmanuel Macron e convidou o líder francês a deixar de “enganar os italianos”, colocar um capacete e ir ele próprio lutar na Ucrânia.
“Se você quer ir para a guerra, ponha um capacete, ponha um colete e vá para a Ucrânia, mas não encha o saco dos italianos […], nós que queremos viver em paz”, disse Salvini, que tem sido crítico das declarações do presidente francês sobre o conflito na Ucrânia.
O vice-primeiro-ministro sublinhou que os italianos têm uma “escolha clara”, e é que “nenhuma bomba ou bala italiana atingirá a Rússia”. Além de lançar essas frases num acto público, Salvini atacou Macron no dia 4 de Junho ao publicar uma fotomontagem do presidente francês em uniforme de combate e armado com um fuzil de assalto, acusando-o de querer mergulhar a Europa numa guerra com a Rússia.
“Uma escalada militar e soldados italianos na linha de frente sob as ordens de perigosos ‘bombistas’? Não, obrigado”, escreveu na sua conta no X Salvini, cujo partido, a Liga Norte, faz parte da coalizão governamental da Itália liderada por Giorgia Meloni.
Ao lado da foto que mostra Macron com capacete, vestido em uniforme com as cores da União Europeia e colete táctico, aparece um retrato de Salvini num comício eleitoral, com o braço erguido e um rosário na mão.
“Sim ao compromisso da Itália com a paz, ao repúdio da Constituição à guerra, inspirado em nossa consciência moral colectiva e nossa tradição cristã”, acrescentou Salvini.