A importação de 14 produtos de amplo consumo em Angola custou 336 milhões 438 mil e 285 dólares norte-americanos (1 USD vale 852 kwanzas), de Janeiro a Abril deste ano, o que representou uma redução de 50 por cento, comparativamente ao mesmo período de 2023.
A secretária de Estado para o Comércio e Serviços, Augusta Fortes, prestou esta informação à imprensa, a propósito da sessão temática sobre o Plano de Reorganização do Comércio Interno e Fomento das Exportações 2023/2027, que se realizou ontem, em Luanda.
A governante explicou que em 2023, o custo de importação de bens alimentares fixou-se em 677 milhões 995 mil e 658 dólares. Entre os produtos importados, neste ano, destaca-se a carne de frango, suína e bovina, o arroz, açúcar, óleo de palma e vegetal, as- sim como a farinha de trigo, fuba de milho, o feijão, a massa alimentar e o sal.
Augusta Fortes considerou, segundo a Angop, a redução de divisas com a importação como melhoria e eficiência da cadeia de exportação fruto do aumento da produção interna. “Há uma oportunidade de negócios para investir na produção dos produtos de amplo consumo, com destaque para o arroz, carne de frango, açúcar, óleo alimentar, num claro objectivo de diminuir as importações e fomentar a produção nacional”, sublinhou.
Na ocasião, a secretária de Estado sublinhou que pelo menos 621 mil e 565 toneladas de produtos agrícolas foram transportadas para os cinco centros logísticos de distribuição no país, no quadro das 500 carrinhas distribuídas pelo Governo.
Recordou que contribuíram para essa meta as 583 cooperativas agrícolas e de comercialização formalizadas até à presente data, a nível das sete províncias enquadradas no Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural, nomeadamente Malanje, Cuanza-Norte, Huambo, Bié, Benguela, Caunza-Sul e Namibe.
Sobre o Plano de Reorganização do Comércio Interno e Fomento das Exportações do Ministério da Indústria e Comércio, disse que este programa baseia-se em quatro objectivos principais: apoiar o crescimento e a eficiência dos sectores produtivos, formalizar e modernizar o sector do comércio interno, melhorar a eficiência da cadeia de exportação e importação, bem como reforçar o papel da Reserva Estratégica Alimentar (REA).
Por outro lado, Augusta Fortes reiterou que esse plano, suportado pelo Diploma Executivo de 23 de Maio de 2024, proíbe a venda a céu aberto de mais de 70 produtos diversos, entre os quais animais vivos, carnes (frango, bovina, suína, miudezas), entre outros bens alimentares, devido às condições impróprias de comercialização.
Constam, igualmente, da lista dos produtos proibidos, medicamentos, insecticidas, raticidas, plantas e ervas medicinais, tal como móveis, máquinas e utensílios eléctricos e a gás, bebidas alcoólicas, combustíveis e materiais de construção e instrumentos musicais.