O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação tem contribuído para o desenvolvimento do capital humano, no contexto de vulnerabilidade sócio económica, oferecendo bolsas de estudo.
Neste momento, segundo o director de Ciência, Tecnologia e Inovação, António Alcochete, no que toca ao programa de exclusividade de bolsas de estudo para as meninas, neste momento seiscentas meninas de escolas secundárias de todo país beneficiam.
O objectivo é levar a que estas me- ninas e mulheres não desistam da sua formação, mas “um dos grandes problemas tem sido chegar ao fim do ano com um bom aproveitamento, tendo em conta a pobreza, as dificuldades financeiras, a distância em que muitas famílias vivem e até a gravidez precoce”.
Sem detalhar o número exacto de desistentes ou de meninas e mulheres com baixo aproveitamento, o responsável fez saber que tu- do têm feito para criar condições dignas para que as beneficiárias das bolsas possam se empenhar mais nos estudos, e garantir o melhor aproveitamento.
“Nós tínhamos previsto, inicial- mente, duzentas meninas, mas por causa do envolvimento estendemos para 600 meninas em todo país”, disse. O responsável falava, nesta Sexta-feira, 31 de Maio, em Luanda, durante a I Conferência nacional sobre os progressos do ensino superior em África, que teve como objectivo analisar os desafios do ensino superior em Angola, a nível daquilo que são os alvos globais e a realidade local.
Gravidez precoce impede o desenvolvimento dos jovens
Importa frisar que o Ministério da Juventude e Desporto realizou uma conferência sobre saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens, na passada sexta- feira, 31 de Maio, uma actividade que teve como lema “empoderar os adolescentes e jovens para decisões informadas e conscientes”.
Nesta actividade, a representante do Fundo das Nações Unidas para as Populações, Mariana Coelho, disse que um dos principais aspectos que impede o desenvolvimento de muitos jovens é o factor gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis.
Por isso, defende que as questões relacionadas com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, direitos sexuais e reprodutivos, gênero e igualdade devem merecer uma especial atenção, na medida em que as suas consequências constituem um entrave para o normal desenvolvimento das pessoas.
Ainda na mesma linha de pensamento, o ministro de tutela, Rui Falcão, disse que é importante a materialização e participação de todos para que, com êxito, contribuamos para a minimização de grandes taxas de gravidez precoce ou até mesmo de doenças sexualmente transmissíveis.