Poderá cair o pano hoje sobre a liderança do Girabola. Apesar das acusações sobre o que se terá passado com o Sagrada Esperança, diante do Willete em Benguela, quase nada faz prever que o Petro de Luanda venha a perder o jogo diante da turma benguelense.
A cada dia que passa, aumenta igualmente o interesse pela principal competição sénior masculina de futebol, arrastando multidões e também evidenciando o interesse de cidadãos comuns e algumas empresas patrocinadoras.
Além das tradicionais, espera-se que mais instituições possam também entrar nesta corrida, profissionalizando-o e transformando numa competição em que se possa render largos milhões, à semelhança do que ocorre noutras partes do mundo. Hoje, em qualquer parte do mundo, o futebol é um negócio que gera milhões a empresas, pessoas várias, e também acaba por contribuir para o desenvolvimento de determinadas comunidades.
Mas, para tal, é imperioso que se faça da competição angolana uma verdadeira referência. Um palco em que os vários actores busquem dividendos, mas se deixe de lado as habituais lamentações. Com a presente época prestes a terminar, já se sabe também quem serão os que deverão cair para a segunda divisão.
De igual modo, já se sabem os novos primodivisionários, mas não distante dos mesmos vícios que outros que lá estavam também apresentaram. As equipas do Luanda City, Isaac de Benguela e o Carmona do Uíge serão as novas coqueluches da próxima época.
Seria bom que entrassem levando algumas mais-valias e não os queixumes de sempre. Nas últimas duas semanas, para não destoar, os responsáveis destas equipas já vieram a público lamentar por causa da falta de dinheiro para competirem.
Um deles fala mesmo na necessidade de conseguir cerca de 300 milhões de Kwanzas. E o outro, aqui pertinho, em Luanda, os atletas não treinam por falta de dinheiro para táxi. Assim não vamos lá, nunca mais.