Para Costa Júnior, a situação da criminalidade em Angola tem estado a assumir contornos alarmantes, apesar dos pronunciamentos de alguns governantes ou a Polícia Nacional, no sentido de minimizar a situação.
Segundo o presidente da UNITA, que falava em conferência de imprensa, a realidade, nua e crua, é que se está perante um aumento significativo de todo o tipo de crimes e com “um novo modelo de crimes políticos, encomendados e sem preocupaçã o das instituiçõ es apurarem responsabilidades”.
O objectivo, acusou, é que o Governo pretende “reavivar o espírito do partido-único, manter e inculcar na sociedade uma linha única de pensamento, sem que haja opinião contrária à sua e do partido que o sustenta”.
“Estamos diante de uma cultura de violência política institucionalizada e levada a cabo pelo regime contra o povo angolano e a oposiçã o democrática”, disse, lembrando que a escalada da violência tem ainda o objectivo de manter o poder a todo o custo, com um Estado de direito de fachada, sem a necessária e normal competição democrática. De acordo com o líder do “Galo Negro”, evitar pressões sociais da sociedade por via do uso do terror, inculcação da cultura do medo nos cidadãos são também parte deste propósito.
Afirmou que a criminalidade em Angola tem estado a atingir níveis inaceitáveis e arrisca mesmo escapar ao controlo das autoridades, a tal ponto que nenhum cidadão em sã consciência se sente seguro em casa, nas ruas das cidades, nos diversos espaços públicos, e até nos locais de trabalho.
Adalberto Costa Júnior avançou que enquanto não chegar a alternância, a UNITA não vai ficar de braços cruzados assistindo impávidos a tanta dor e traumas provocados por delinquentes, nas ruas e delinquentes fora delas.