Por mais tempo que passe, o processo de formalização da venda ambulante em Angola será, sempre, acompanhado pelo fantasma da vendedora Joana Cafrique, a zungueira morta por um agente da Polícia Nacional em Março de 2019.
Já lá vão cinco anos. Para muitos, hoje, trata-se de um acontecimento guardado nas lembranças das lutas e dos vários acontecimentos que a província de Luanda e Angola registou nos últimos anos. Para outros, o caso, que mobilizou a sociedade e criou enorme repulsa, serve de exemplo de que com profissionalismo, experiência e entrega das autoridades se consegue organizar, melhorar e reduzir significativamente a venda ambulante sem grandes constrangimentos.
Quem hoje passa pelos bairros Calemba 2, São Paulo, Hoji ya Henda, Viana e outras parcelas da cidade capital, por exemplo, aperceber-se-á da nova imagem e a fluidez do trânsito sem que a transferência dos vendedores tenha causado enormes celeumas. É sim possível. Aliás, apesar do número de vende- dores e outros cidadãos que prestavam serviços em muitos dos locais então abarrotados de gente, os incidentes nas transferências foram quase nulos.
E até hoje se diz que existem ainda espaços dentro dos mercados formais que aguardam por vendedores para os ocupar. Embora, como se diz, as honras devam ser atribuídas aos generais, não há como descartar nem reconhecer o papel que o Governo Provincial de Luanda, na pessoa do seu responsável, o governador Manuel Homem, e auxiliares, terão jogado para o bom êxito da operação.
Por exemplo, indivíduos que há muito não se aventuravam em passar em algumas partes da capital, que eram umas autênticas muralhas, quase intransponíveis devido à venda ambulante, hoje admiram a nova cara que estas circunscrições possuem. Mas ainda se está longe de cantar vitória.
Afinal, ainda existem vários focos na capital e noutras partes do país. Mas é mister reconhecer que Luanda, que durante o período de guerra albergou a maioria da população, é a província que ainda terá pela frente outras batalhas.
No início desta semana, o Executivo proibiu a venda ambulante de vários produtos, entre os quais animais vivos, carnes verdes, fumadas e miudezas comestíveis, medicamentos, insecticidas, raticidas, plantas e ervas medicinais, móveis, máquinas e utensílios eléctricos, bebidas alcoólicas, combustíveis e materiais de construção no âmbito do novo Regulamento da Lei sobre a Organização, Exercício e Funcionamento das Actividades de Comércio Ambulante, Feirante e de Bancada de Mercado, aprovada em decreto assinado pelo Presidente João Lourenço.
Trata-se de um documento que apresenta, igualmente, soluções concretas e plausíveis para que os cidadãos que efectuam tal actividade continuem e com dignidade. Agora, à semelhança do que ocorreu com as campanhas em determinadas ‘áreas libertadas de Luanda’ da venda ambulante, é preciso que se divulgue e sensibilizem os actuais vendedores a participarem.
Com vontade e organização é possível fazer bem e sem criar mártiresPor mais tempo que passe, o processo de formalização da venda ambulante em Angola será, sempre, acompanhado pelo fantasma da vendedora Joana Cafrique, a zungueira morta por um agente da Polícia Nacional em Março de 2019. Já lá vão cinco anos. Para muitos, hoje, trata-se de um acontecimento guardado nas lembranças das lutas e dos vários acontecimentos que a província de Luanda e Angola registou nos últimos anos.
Para outros, o caso, que mobilizou a sociedade e criou enorme repulsa, serve de exemplo de que com profissionalismo, experiência e entrega das autoridades se consegue organizar, melhorar e reduzir significativamente a venda ambulante sem grandes constrangimentos. Quem hoje passa pelos bairros Calemba 2, São Paulo, Hoji ya Henda, Viana e outras parcelas da cidade capital, por exemplo, aperceber-se-á da nova imagem e a fluidez do trânsito sem que a transferência dos vendedores tenha causado enormes celeumas. É sim possível.
Aliás, apesar do número de vendedores e outros cidadãos que prestavam serviços em muitos dos locais então abarrotados de gente, os incidentes nas transferências foram quase nulos. E até hoje se diz que existem ainda espaços dentro dos mercados formais que aguardam por vendedores para os ocupar. Embora, como se diz, as honras devam ser atribuídas aos generais, não há como descartar nem reconhecer o papel que o Governo Provincial de Luanda, na pessoa do seu responsável, o governador Manuel Homem, e auxiliares, terão jogado para o bom êxito da operação.
Por exemplo, indivíduos que há muito não se aventuravam em passar em algumas partes da capital, que eram umas autênticas muralhas, quase intransponíveis devido à venda ambulante, hoje admiram a nova cara que estas circunscrições possuem. Mas ainda se está longe de cantar vitória. Afinal, ainda existem vários focos na capital e noutras partes do país. Mas é mister reconhecer que Luanda, que durante o período de guerra albergou a maioria da população, é a província que ainda terá pela frente outras batalhas.
No início desta semana, o Executivo proibiu a venda ambulante de vários produtos, entre os quais animais vivos, carnes verdes, fumadas e miudezas comestíveis, medicamentos, insecticidas, raticidas, plantas e ervas medicinais, móveis, máquinas e utensílios eléctricos, bebidas alcoólicas, combustíveis e materiais de construção no âmbito do novo Regulamento da Lei sobre a Organização, Exercício e Funcionamento das Actividades de Comércio Ambulante, Feirante e de Bancada de Mercado, aprovada em decreto assinado pelo Presidente João Lourenço.
Trata-se de um documento que apresenta, igual- mente, soluções concretas e plausíveis para que os cidadãos que efectuamtal actividade continuem e com dignidade. Agora, à semelhança do que ocorreu com as campanhas em determinadas ‘áreas libertadas de Luanda’ da venda ambulante, é preciso que se divulgue e sensibilizem os actuais vendedores a participarem. Com vontade e organização é possível fazer bem e sem criar mártires