O bastonário da Ordem dos Biomédicos Clínico-Laboratoriais de Angola (OBCLA), Joaquim Castigo Levita, manifestou ao OPAÍS a necessidade de se criar um encontro entre as classes do sector médico e os especialistas de outras áreas de saúde, a fim de se repensar sobre a existência e funcionamento de laboratórios nos hospitais.
“É muito importante que a família dos biomédicos e os outros técnicos e especialistas da área de saúde se sentem para reflectir sobre a essência e o impacto dos boratórios nos hospitais, porque só assim conheceremos a nossa real situação e ditaremos soluções, para deixarmos de estar sob alerta vermelha.
Joaquim Castigo Levita recordou que, no que toca a este sector dos serviços hospitalares, Angola ainda não está reconhecida, nem é membro da Federação Internacional de Biomédicos, razão pela qual a luta para que tal desiderato aconteça consta dos propósitos da ordem e está tipificado na agenda da actual liderança, eleita em Dezembro de 2023, para o quadriénio 2024/2028.
“A nossa ordem quer mesmo isso, ultrapassar o sub-desenvolvimento no sector, expresso, inicialmente, pela falta de quadros. Não há especialistas, não há mestres, não há doutores, pelo menos a 25 por cento. Só há graduados em licenciatura em número considerável, por causa da astúcia que alguns líderes desse mandato tiveram”, revelou o bastonário, para quem já não se justifica alguns exames laboratoriais, em Angola.
Importa referir que a família biométrica angolana já ronda os mais de 20 mil membros, sendo a maioria técnica, porque os graduados são cerca de cinco mil. O biomédico analisou o quadro actual da maioria dos hospitais do país em que faltam até exames de bacteriologia, virologia e micro-biologia, tendo realçado que se trata de análises consideradas como básicas, no mundo moderno.