A organização da Feira do Gado e do conhecido «Mercadão» projecta, para a presente edição aberta na quinta-feira, 16, um volume de negócios acima de 500 milhões de kwanzas, de modo a ultrapassar a cifra atingida na edição passada – assegurou, em entrevista a imprensa, o porta-voz da Cooperativa dos Criadores de Gado da Região Sul, Victor Panzo.
Participam na edição 2024, circunscrita na jornada dos 407 anos de Benguela, mais de 100 expositores das províncias da Huíla, Cunene, Bié Huambo, para além dos da região que acolhe. O porta-voz da Cooperativa dos Criadores de Gado, entidade organizadora, assegura que o número de expositores acima referenciado tende a aumentar, porque continuam a receber solicitação de mais pessoas que se querem juntar à exposição, que acontece no recinto adjacente ao Estádio Nacional de Ombaka.
Victor Panzo revela que, em 2023, se registou um volume de negócio em cerca de 500 milhões de kwanzas. Entretanto, para a presente edição, a meta é voltar atingir os mesmos valores ou estar um pouco mais acima dessa cifra, posicionando-se perto de um bilião de kwanzas. Em gesto de balanço da edição passada, o responsável reconheceu bons negócios entre expositores de que a organização se orgulha, daí ter manifestado optimismo.
“No ano passado, tivemos cerca de 500 milhões volume de negócios e queremos repetir a dose dos 500 milhões de kwanzas ou mais”, afirmou, ao tranquilizar quem queira participar do evento que “exposição é grátis, os feirantes não pagam nada”.
A organização reserva, igualmente, reflexão à volta do segurou agrícola, a fim de que agricultores evitem perdas avultadas, sobretudo nos caso em que as culturas são afectadas por uma peste ou intempéries naturais.
Vários agricultores provenientes dos dez municípios da província de Benguela expõem as suas potencialidades agrícolas na feira conhecida como “Mercadão”, cuja abertura coube ao vice-governador para o sector técnico e infra-estruturas, Adilson Delany Gonçalves. Mário Figueiredo é um dos 100 expositores que levou à feira o famoso tomate cherry, que apresenta configuração semelhante a de um ovo, produzido na Catumbela.
Ele explica que, diferente do tomate normal, aquela espécie não precisava de tantos químicos no processo da sua produção, porém, chega a ser mais sensível e a produção, por conseguinte, exige mais cuidado. “É sensível e produz e não exige tantos fertilizantes. Nós já produzimos há dois anos e pretendemos dar continuidade”, assegura o produtor, ao referir que um kilo sai a 3250 kz.
Para além de tomate, na sua bancada é possível também divisar outras hortaliças e tubérculos.
Hoje a agenda reserva o leilão de gado.
Constantino Eduardo, em Benguela