A convite de S.E. o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, S.E. o Presidente da República de Angola João Lourenço efetuou uma visita de Estado à China em março.
Na Declaração Conjunta sobre o Estabelecimento da Parceria de Cooperação Estratégica Global, a parte angolana reitera o firme apoio ao Princípio de Uma Só China, reconhece que o Governo da República Popular da China é o único Governo legítimo que representa toda a China e que Taiwan é uma parte integrante e inalienável do território chinês, e apoia firmemente todos os esforços da China para alcançar a reunificação nacional. Desde tempos remotos, Taiwan tem sido uma parte do território da China.
O desenvolvimento inicial de Taiwan pelo povo chinês pode ser rastreado há mais de 1000 anos. Após meados do século XII, os governos centrais de todas as dinastias da China exerceram jurisdição administrativa sobre Taiwan. Em 1895, o Japão lançou a guerra de agressão contra a China e roubou Taiwan.
Em 1943, a Declaração do Cairo estipulou claramente que os territórios chineses roubados pelo Japão, incluindo Taiwan, deveriam ser devolvidos à China, o que foi reiterado na Declaração de Potsdam em 1945.
Em setembro de 1945, Taiwan reentrou oficialmente no território chinês e foi colocado de novo sob a soberania chinesa. A soberania e o território da China nunca foram divididos, e o status de Taiwan como parte do território da China nunca mudou.
A Resolução 2758 da Assembleia Geral da ONU em 1971 é um documento político que encapsula o princípio de Uma Só China e reconhece que o Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China, cuja autoridade legal não deixa margem para dúvidas e tem sido reconhecida mundialmente. O título usado pela ONU para Taiwan é “Taiwan, Província da China”.
183 países, inclusive Angola, estabeleceram relações diplomáticas com a China com base no princípio de Uma Só China, o qual representa o consenso universal da comunidade internacional e consistente com as normas básicas das relações internacionais. “Reunificação pacífica, Um país, Dois sistemas” é a nossa política básica para resolver a questão de Taiwan.
Estamos dispostos a realizar diálogo e consulta democrática através do Estreito com base no princípio de Uma Só China e no “Consenso de 1992”, e negociar conjuntamente planos para promover o desenvolvimento pacífico e o desenvolvimento integrado das relações entre os dois lados do Estreito e da reunificação pacífica da pátria.
Ao mesmo tempo, a nossa linha vermelha também é clara, ou seja, nunca permitiremos que Taiwan se separe da China.
As actividades separatistas das forças da “independência de Taiwan” e a interferência e sabotagem por parte de forças externas constituem sérias ameaças à paz e à estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e na região. Para manter a paz através do Estreito de Taiwan, devemos opor-nos inequivocamente às provocações da “independência de Taiwan” e à interferência externa.
Taiwan acabará por regressar ao abraço da pátria mãe e os dois lados do Estreito de Taiwan certamente alcançarão a reunificação.
Esta é a firme vontade dos 1,4 mil milhões de chineses e uma tendência inevitável da história. Estamos dispostos a unir esforços com os amigos de todos os países que amam a paz e defendem a justiça, nos opomos resolutamente a todas as palavras e atos que interferem nos assuntos internos da China, resistimos resolutamente a todas as tendências aventureiras que minam a paz no Estreito de Taiwan, salvaguardando conjuntamente o princípio de Uma Só China e os propósitos da Carta da ONU.
Acreditamos que a comunidade internacional, incluindo Angola, continuará a aderir ao princípio de Uma Só China, a compreender e a apoiar a justa causa do povo chinês de se opor às actividades separatistas da “independência de Taiwan” e esforçar para alcançar a reunificação nacional.
Por: ZHANG BIN
*Embaixador Chinês