As mulheres, segundo os efectivos do DIIP, serviam de “isca” para atrair as potenciais vítimas a locais de diversão nocturna.
Mediante critérios de prévia selecção, seduziam as pessoas com um certo poder financeiro e accionavam os seus comparsas, marginais, que consumavam os assaltos.
“Essas mulheres assediavam os homens e, quando se apercebiam que um ou outro tivesse dinheiro, enquanto mantinham contacto com as vítimas, comunicavam aos marginais.
E, depois da retirada do mesmo do local de convívio, estes abordavam a vítima e se apossavam de todos os seus haveres”, explicou, à imprensa, o responsável da secção de Operações do DIIP-Cabinda, inspector Pedro João.
O desmantelamento deste grupo de associação criminosa, segundo o inspector Pedro João, foi graças à denúncia de uma das vítimas, uma vez que as jovens envolvidas nesse caso são conhecidas e muitas delas já tem passagem pela Polícia pelas mesmas práticas.
“Na sequência de um trabalho investigativo foi possível o desmantelamento de um grupo de associação criminosa de mulheres prostitutas que passavam informações dos possíveis clientes aos marginais para o cometimento de várias acções criminosas, como assaltos na via pública”, detalhou o oficial da Polícia.
Para além da detenção das raparigas, a polícia, numa outra microoperação realizada nos bairros Simindele, Marien Nguabi, Amílcar Cabral, Povo Grande e 4 de Fevereiro, desmantelou um grupo de associação criminosa constituído por cinco jovens, todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 36 anos, que se dedicava no roubo e venda de motorizadas.
A operação resultou na recuperação de seis motorizadas roubadas e na detenção de quatro elementos acusados de receptadores dos referidos meios e um suposto autor de roubos e furtos de motorizadas, todos encaminhados ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) para procedimentos subsequentes.
Expulsos mais de 100 estrangeiros ilegais
No quadro do combate à imigração ilegal, o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) em Cabinda procedeu, nos últimos 7 dias, à expulsão administrativa de 173 cidadãos estrangeiros que se encontravam na condição migratória irregular na província.
O procedimento administrativo foi processado através dos postos de fronteira do Yema, com 167 congoleses democráticos (95 do género masculino e 72 do género feminino), e no Massabi, com seis, todos do género masculino, recolhidos nos locais de maior concentração de imigrantes ilegais nos municípios da província de Cabinda.
Os responsáveis deste órgão de polícia referem que o SME, em coordenação com os órgãos afins, vão continuar a intensificar acções de combate ao fenómeno, com vista a diminuir os índices de imigrantes ilegais na província.
Por: Alberto Coelho, em Cabinda