Durante a reunião, a ministra sãotomense, Isabel Abreu, recebeu a pasta das mãos do seu homólogo de Angola, Filipe Zau, na abertura da 13.ª Reunião dos Ministros da Cultura da comunidade. Isabel Abreu sublinhou que, “além de a cultura ser um elemento de união e pacificação entre os povos, funcionando como meio de identificação e até de comunicação, ela é cada vez mais utilizada para a criação de empresas e dinamização de actividades económicas, capazes de garantir a produção de bens e serviços no quadro de mercado mundial”.
A ministra são-tomense esclareceu que se refere à energia de indústrias criativas e culturais e a necessidade de se apropriar dessa temática, que abarca o conjunto de actividades, desde os produtos tradicionais (o artesanato) a sectores de tecnologia de ponta, incluindo, software, jogos electrónicos, envolvendo, todo o apanágio da cultura, nomeadamente, as manifestações culturais, as artes cénicas e cinematográficas, a literatura, música, dança, dentre outras.
“Num mundo cada vez mais globalizado, é urgente e prioritário que adoptemos políticas facilitadoras de mobilidade de autores culturais para a sustentabilidade do multilateralismo, contribuindo para a maior coesão, conhecimento mútuo e desenvolvimento económico dos povos desta comunidade”, esclareceu.
Acções desenvolvidas
Durante a sua intervenção, de acordo com o documento enviado ao Jornal OPAÍS, Filipe Zau lembrou que o nosso país assumiu a Presidência pro-tempore desta Comunidade para o biénio 2021-2023, na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorreu em Luanda, de 12 a 17 de Julho de 2021, sob o lema “Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável”.
No âmbito da sua Presidência, o ministro avançou que a República de Angola realizou “A Capital da Cultura da CPLP” que teve lugar em Luanda, de 29 de Abril a 05 de Maio de 2022 e contou com a realização de actividades culturais desenvolvidas nas áreas da música, dança, teatro, cinema e exposições. Filipe Zau disse ainda que, neste âmbito, foram também realizadas outras actividades de carácter reflexivo, como debates sobre a cultura, língua portuguesa, feira do livro e arquitectura moderna dos países.
“A Capital da Cultura da CPLP constituiu um verdadeiro espaço de exaltação da diversidade cultural dos nossos povos e, nesta ordem de ideias, as trocas culturais representam uma oportunidade para a circulação de agentes, bens e serviços”, lê-se no documento.
Durante a sua intervenção, Filipe Zau felicitou também a República Portuguesa pelos 50 Anos do 25 de Abril, recentemente comemorados, de igual modo, aos Membros desta Comunidade, enquanto Embaixador da Boa Vontade para a Língua Portuguesa, pela passagem de mais um 5 de Maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa e das Culturas da CPLP.