O Activo do Banco Nacional de Angola (BNA) cifrou-se em 15,52 biliões de kwanzas, representando um aumento de 5,66 biliões de kwanzas, em comparação a 2022, segundo o Relatório Anual e Contas da referida instituição.
No exercício de 2023, foi apurado um resultado contabilístico positivo no valor de 4,12 biliões de kwanzas, enquanto o resultado realizado foi de 446,75 mil milhões de kwanzas.
Relativamente aos capitais próprios, verifica-se um aumento no montante de 4,12 biliões de kwanzas, situando-se em 7,73 biliões de kwanzas. Por sua vez, o passivo do Banco totalizou 7,79 biliões de kwanzas, que se traduz numa redução de 1,54 bilião de kwanzas face a 2022.
No que a balança financeira diz respeito, o Relatório Anual e Contas aponta que as estimativas do ano passado apresentaram um saldo superavitário da Balança de Pagamentos de 975,88 milhões de dólares norte-americanos, contra um superavit de 996,97 milhões de dólares observados no ano anterior, o que representou uma contracção de 2,16% correspondente a cerca de 21,08 milhões de dólares.
Conta corrente reduz
Já a conta corrente da balança de pagamentos ao passar de um resultado positivo (superavit) de 11,76 mil milhões de dólares em 2022 para um superavit de 4,21 mil milhões de dólares no período em análise registou uma redução de 64,21%.
Deste modo, o saldo superavitário da conta corrente, em 2023, correspondeu a 4,53% do PIB, contra os 10,15% do PIB em 2022. A redução do superavit da Conta Corrente reflectiu, fundamentalmente, a contracção da Conta de Bens, cujo saldo superavitário atingiu o montante de 21,80 mil milhões de dólares norte-americanos, contra os 32,77 mil milhões de dólares norte-americanos registados em 2022.
O desempenho desta conta deveu-se, por um lado, à redução das receitas de exportação do petróleo bruto, impulsionada pela queda do preço do petróleo das ramas angolanas em 20,11%, situando-se em 81,31 USD/barril e, por outro lado, o volume de petróleo exportado ao se situar em 386,43 milhões de barris reduziu em 2,34%.
No que concerne ao endividamento externo público, os dados preliminares apontam para uma redução dos desembolsos em 4,69 mil milhões de dólares, ao passar de 8,22 mil milhões de dólares em 2022 para 3,52 mil milhões de dólares em 2023, enquanto a amortização da dívida externa passou de 7,00 mil milhões de dólares norteamericanos em 2022 para 9,34 mil milhões de dólares norte-americanos no período em análise.
Por: Francisca Parente