Um dos acusados está detido e o outro foi morto à pancada pela população, no mesmo dia em que aconteceu o crime. O detido é o cidadão Joaquim da Silva João, presumível autor do disparo e o morto pela população respondia pelo nome de Hilário Vital, que na ocasião conduzia a motorizada com a qual se puseram em fuga.
De acordo com Manuel Halaiwa, em entrevista à imprensa, das investigações feitas, soube-se que os meliantes interpelaram a vítima na via pública, de forma aleatória, solicitando os seus pertences, que não cedidos, perseguiram a viatura e disparam contra a malograda na presença dos filhos que estavam a ser levados à escola.
Avança ainda que os dois indivíduos envolvidos directamente no crime fazem a distribuição de comida de uma empresa de segurança e usam as motorizadas, não só para esse efeito, mas também para actos criminosos, sendo que pelas manhãs, antes de se apresentarem no serviço, verificam situações de vulnerabilidade e de facilitação para as acções malfeitoras naquela zona.
“Naquele mesmo dia, antes de interpelarem a malograda, haviam realizado três roubos de telemóveis”, acrescentou, Halaiwa. Segundo testemunhas, depois de ouvirem o disparo, ficaram em alerta, sendo que se depararam com elementos numa moto, que passava em alta velocidade.
Apercebendo-se da tentativa de roubo, os moto-taxistas daquela área perseguiram-no, sendo que o motorista escapou, mas o acompanhante foi pego e espancado até a morte.
José da Costa, que ia para o serviço naquele dia, foi quem socorreu a vítima para uma unidade hospitalar, junto dos filhos, onde, refere, ter dado o último suspiro.
“Ainda foi socorrida em vida por mim e pela minha esposa, mas acabou por morrer poucos minutos depois de chegarmos à clínica onde a irmã, em contacto connosco, pediu que a levássemos”.
Por outro lado, José da Costa, que é também morador da região, fez saber que na zona tem tido recorrentemente casos de assaltos protagonizados principalmente por motoqueiros.
SIC desaconselha justiça por mãos próprias
Manuel Halaiwa aproveitou para desaconselhar a prática de justiça por mãos próprias e apelar a população a apresentar às autoridades policiais os indivíduos que tomam sob custódia os marginais.
“Recomendamos que levem estes indivíduos até às autoridades competentes e, lá, se dará o devido tratamento, sob pena de vermos pessoas agredidas sem terem cometido crime algum”, disse, o porta-voz, tendo tomado como exemplo o caso que viralizou recentemente, o do jovem Calebe, que perdeu a vida injustamente na mão da população, no município do Cazenga.