Segundo o presidente da coligação, Manuel Fernandes, a CASA-CE, enquanto força política viva na arena nacional e que defende o bem-estar social e económico dos cidadãos, não pode estar indiferente perante a difícil e ‘desastrosa’ situação que os angolanos enfrentam, cuja culpa atribui à liderança do Executivo, pois, para si, tem estado a tomar medidas erradas.
“Grande força activa está desempregada, os magros salários não conferem poder aquisitivo, devido à inércia e incompetência total de quem governa o país”, lamentou o líder político que, ao usar números, em relação à questão social, referiu que um saco de arroz custa 25 mil kwanzas, de fuba de milho 15 mil kwanzas e uma caixa de franco está na ordem dos 20 mil kwanzas.
Olhando para estes indicadores, a CASA-CE chegou, de acordo com o seu presidente, à conclusão de que a aludida promessa do suplemento salarial de 30 mil kwanzas foi apresentada sem uma base de cálculo, o que demonstra, em seu entendimento, quanto o Titular do Poder Executivo desconhece a realidade do país. “Os desafios para alteração da difícil situação que o país vive não se resolve com discursos e de falsas expectativas, mas de acções concretas”, defende a CASA-CE.
Solidariedade com a classe sindical
A CASA-CE manifesta total solidariedade com as centrais sindicais, um dos guardiões da defesa dos direitos dos trabalhadores. Desse modo, insta o Executivo que, ao invés de endurecer as suas posições, devia, do seu ponto de vista, ouvir o clamor dos trabalhadores.
A CASA-CE conta actualmente com quatro partidos políticos a si ainda adstritos, designadamente, PPA, PNSA, PADDA-AP e PALMA, que, segundo Manuel Fernandes, está a trabalhar para os novos desafios políticos, sendo um deles regresso ao parlamento no próximo pleito eleitoral, depois do desaire que ocorreu em Agosto de 2022.
Entretanto, Manuel Fernandes confirmou a desvinculação da coligação, a pedido daquele par- tido político que, segundo se sabe, formou outra aliança política juntamente com o Movimento de Unidade Nacional (MUN) e Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), designado “Bloco da Solução”.