Numa conversa com famílias enlutadas e familiares de reféns, o pr i mei ro-m i n i st ro disse que a entrada das Forças de Defesa de Israel (FDI) no Sul do enclave é indiscutível, mesmo que o Hamas dê um retorno positivo para um possível acordo.
“A ideia de que vamos parar a guerra antes de atingir todos os seus objectivos não é uma opção. Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas de lá – haja ou não um acordo – para alcançar a vitória total”, disse Netanyahu ao grupo de familiares, segundo o jornal The Times of Israel.
De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro e citado pela mídia, os grupos instaram Netanyahu e o conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, a continuarem a guerra e a resistirem à pressão internacional.
Ao mesmo tempo, uma importante autoridade israelita disse ontem (30) que o governo esperará até Quarta-feira (1º) à noite por uma resposta do Hamas a uma proposta de trégua em Gaza antes de decidir se enviará enviados ao Cairo para negociações de cessar-fogo.
“Israel tomará uma decisão assim que o Hamas der a sua resposta”, disse o responsável à AFP sob condição de anonimato, acrescentando que “esperaremos pelas respostas até Quarta-feira à noite e depois decidiremos”.
A situação no enclave é crítica, principalmente, em Rafah, local para onde mais de um milhão de palestinianos foram depois que Tel Aviv anunciou no ano passado que entraria com as suas forças no Norte da Faixa de Gaza. Pelo menos 34.535 palestinianos foram mortos e 77.704 feridos em ataques israelitas em Gaza desde 7 de Outubro.
O serviço de Defesa Civil da Palestina disse, nessa Terçafeira (29), que mais de 10 mil pessoas ainda estão desaparecidas sob os escombros na Faixa de Gaza, segundo a agência Anadolu. O número de mortos em Israel é de 1.350 com 250 pessoas sequestradas, parte delas ainda mantidas em cativeiro.