Os acusados, que foram apre- sentados ontem pelo SIC- Luanda, faziam as suas vítimas no município de Cacuaco, e respondem pelos crimes de abuso sexual, cometidos no distrito Urbano do Sequele e na Centralidade Mayé Mayé.
De acordo com o porta-voz do SIC- Luanda, Fernando Carvalho, no primeiro caso está implicado um cidadão de 35 anos de idade, que premeditou o crime, pois, seguia, meticulosamente, os passos da menor enquanto circulava na via pública. “Sob fortes ameaças de mor- te, levou-a a sua residência onde abusou da sua liberdade sexual.
O cidadão foi mais a fundo, transformando o acto com mais repugnância pelo facto de, ao sentir resistência por parte da menor, ter jogado água quente contra o corpo desta”, conta. A vítima, depois desta situação, cuja água quente não atingiu apenas o seu corpo, mas também o rosto, teve uma queimadura do primeiro grau segundo os exames médicos.
O acto não ficou restrito à actuação do implicado, pois que, ao aperceber-se da situação, um cidadão, por sinal vizinho dos pais da vítima, tomou o implicado sob custódia e o trouxe até ao SIC da Centralidade do Sequele.
Em outra acção semelhante, avançou Fernando Carvalho, a lesada foi uma menor de 13 anos de ida- de, e o acusado um cidadão de 44 anos de idade. Neste caso, ocorrido na Urbanização Mayé Mayé, Sector 5, para a sua consumação, o implicado interpelou a menor e a aliciou com valores monetários.
“Parecendo uma acção combinada com a primeira, este usou do mesmo modus operandi (água quente jogada no corpo da menor) para se desprender da raiva, pelo facto de a vítima ter mostrado resistência durante o acto. Assistida no Centro Médico do Sequele aferiu tratar-se de queimaduras ligeiras”, sustenta.
Agrega-se neste e no outro caso, o facto de os dois terem sido denunciados e trazidos sob custódia por cidadãos do seu seio, o que fortalece a cultura de denúncia. Foram, os cidadãos implicados, presentes ao Ministério Público e ao Juiz de Garantias que determinou a medida de coacção mais gravosa (a prisão preventiva).