Dos mais de 40 artistas, segundo a organização, pouco mais de 20 são artistas internacionais provenientes, maioritariamente, de países como Estados Unidos da América, França, Israel, Portugal, Itália, Brasil, Gâmbia e Rússia, tendo a oportunidade de compartilharem suas culturas e trocar impressões com artistas angolanos com os quais irão dividir o palco.
Nesta edição, o maior espectáculo de Jazz contará com a presença de uma exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, como adiantou a organização na última conferência de imprensa realizada há menos de uma semana do arranque do evento.
Na ocasião, o porta-voz do evento, Neto Júnior, disse que a iniciativa de juntar dezenas de artistas de diferentes países num único festival resulta da visão do Geophaphic Music Station, que adopta o lema “amanhecer no mundo: juntos pelo crescimento inclusivo, educando pela arte”, para reunir músicos de diversas origens geográficas e culturais para uma fusão de sonoridades afro-brasileiras, do Oriente Médio, dos Balcãs e Árabes “de forma a expressar a riqueza da música que transcende fronteiras, conectando cidadãos de todo o mundo”.
Intercâmbio cultural
O Festival, que acontece em alusão ao Dia Internacional do Jazz, que se assinala hoje, 30 de Abril, é uma iniciativa do Projecto ResiliArt Angola resultante da parceria entre a UNESCO, a American Schools of Angola (ASA) e que conta com o apoio do Governo angolano, enquadrado na Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência/2024.
Marcos Agostinho, o director do Resiliart Angola, disse, na ocasião, que o Festival Internacional de Jazz representa uma janela oportuna para a expansão do Jazz a todos os cantos do continente e do mundo, assim como uma oportunidade para a promoção do intercâmbio cultural entre as diferentes nações.
“Temos aqui um momento singelo que é a continuação da promoção da cultura, o empoderamento artístico e aquela mistura de internacionalização cultural. Portanto, é, para nós, um momento bom que vamos vivenciando de intercâmbio internacional cultural”, considerou.
Recorde-se que a última edição do Festival Internacional de Jazz decorreu nos dias 29 e 30 de Abril de 2023, no Shopping Fortaleza, em Luanda, tendo contado com a presença de dezenas de artistas nacionais e internacionais.
Ministro da cultura incentiva ao surgimento de mais géneros de danças angolanas
Por ocasião do Dia Mundial da Dança, assinalado ontem (29), o ministro da Cultura, Filipe Zau parabenizou, de forma generalizada, todos grupos de dança do país, e incentivou ao levantamento de um número cada vez maior de géneros músicas e de dança, que caracterizam a diversidade cultural de Angola.
Na mensagem, endereçada aos bailarinos, grupos de dança e actores da arte da dança, sejam eles profissionais ou não, Filipe Zau destacou a importância da dança e a sua preservação como forma de salvaguardar a identidade histórico-material e patrimonial do país.
Segundo o ministro, o reconhecimento do “Semba”, em 2023, enquanto música e dança como Património Imaterial Nacional e, do mesmo modo, no passado dia 18 de Abril de 2024, dos géneros “Kizomba” e “Tchianda”, no âmbito das celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, ilustra a importância que o Executivo angolano dedica a esta arte per- formativa, a promover em Angola e também no estrangeiro.
Assegurou ainda que o Executivo, através do Ministério da Cultura, continua a intensificar as acções no sentido de ver reconhecido o Semba, enquanto estilo musical e dança, como património cultural e imaterial da humanidade pela UNESCO. “Continuamos a diligenciar no sentido de inscrever o “Semba”, tal como já ocorreu com os “Sona”, na lista indicativa da UNESCO, como Património Cultural Imaterial da Humanidade”, lê-se na nota enviada a que este jornal teve acesso.
Através do documento, o ministro felicitou os inúmeros grupos de dança do país, destacando a relevância que esta linguagem corporal representa, quer como manifestação artística, quer como riqueza patrimonial, dada a diversidade de estilos em presença.
Institucionalização da data O Dia Mundial Dança foi instituído pelo Comité Internacional da Dança (CID) da UNESCO, em 1982, em homenagem à data de nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), um dos maiores ícones da dança mundial. A celebração da data tem como objectivo celebrar esta arte e mostrar a sua universalidade que transcende as barreiras políticas, culturais e éticas.
Neste dia, um pouco por todo mundo, são realizadas diversas actividades por associações, grupos, academias, escolas e outras entidades ligadas à dança, para promover esta arte que é vista como linguagem universal, promotora e defensora de ideais como a liberdade de expressão e de pensamento, igualdade de direitos e contra qualquer tipo de abuso e/ou discriminação.