A paralisação foi total no sector da educação, sobretudo, nos níveis primários, secundários e ensino médio, tendo os alunos forçados a regressar à casa. Já nos sectores da saúde e da justiça, os serviços mínimos estão a ser prestados.
Os médicos estão a atender apenas casos graves e consultas já agendadas. A falar ao OPAÍS, o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido, referiu que, neste primeiro dia da segunda fase, a adesão “foi muito expressiva”, e lembrou que no sector da saúde 70 por cento dos trabalhadores deste sector aderiram à greve.
“Para além dos serviços mínimos, que continuam a ser cumpridos, como manda a lei, o resto parou”, disse o porta-voz. Segundo Teixeira Cândido, os serviços oficiais da justiça ficaram, também, paralisados 100 por cento, com excepção dos serviços mínimos, o que para o sindicalista é um bom indicador.
Já em relação aos 30 mil kwanzas anunciados pelo Executivo, referiu que não reflecte as preocupações dos sindicatos, na medida que não se está apenas a exigir o salário mínimo nacional.
“Convenhamos que estes 30 mil kwanzas é para o regime geral, para as administrações. Não para os professores, porque estes estão no regime especial e não os abrange”, lembrou.
Segundo as centrais sindicais, a luta é de todos e apelam aos trabalhadores para não aceitarem que líderes sindicais, em nome de interesses pessoais, impeçam a realização da greve de 22 a 30 de Abril.
Segundo Teixeira Cândido, a última etapa das paralisações na Função Pública acontecerá no mês de Junho, mês que, segundo o Governo, será implementado nos salários dos trabalhadores da Função Pública os 30 mil kwanzas.
Entretanto, o Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), diz estar aberto ao diálogo, mas ainda não conseguiu evitar a paralisação na função pública, tanto na primeira fase, como agora, na segunda.
No sector privado tudo está normal e não há qualquer paralisação em nenhum dos sectores, como constataram alguns órgãos de imprensa esta segunda-feira.