Todos olhamos as coisas em matrizes diferentes. Não temos os mesmo pontos de vista. A caracterização que atribuímos a algo pode não ser, em certa medida, a que o outro atribuirá.
A visão. É essa visão que faz com que todos tenhamos os mesmos números de olhos sobre a face, e olhando para as mesmas coisas, tendo o mesmo tempo de observação, mas enfim, tiremos sentenças completamente variadas uma das outras.
Assim, não me refiro à visão “como a imagem percebida pelos olhos. Outrossim, a visão seria a capacidade de percepção ou captação conceitual do nosso mundo e sonhos.
É exactamente isso a que os chineses chamam de ‘‘Kàn Shi” – isto é foco. Esse foco é precisamente implicado pela dimensão de nossa cognição e pela direcção de nossos pensamentos.
A forma como formulamos as nossas ideias variam e, portanto, as nossas metas tenderão igualmente a variar. É inútil tentar esperar que tenhamos todos as mesmas normas e concepções.
Para ser mais explícito, compreenda que em meio a um vazio e escuridão, olhos da mesma cor podem ser capazes de enxergar tanto trevas, como luz, o que vai determinar, neste caso, seria a perspectiva de vida que lhes conduz. Bud afirmava que “somos o que pensamos.” Todos os nossos processamentos de ideias moldam o mundo em que vivemos.
Não se trata de vivermos em um país miserável e cheio de situações lamentáveis. Não se trata, portanto, de ter sido nascido rico ou de ter tido o privilégio de nascer dentro de um parentesco endinheirado.
São e serão sempre o modo como olhamos o que temos e o lugar em que estamos que determinará nossas vitórias e todas as nossas realizações. Bob Marley já dizia que, “neste mundo, existem pessoas tão pobres, mais tão pobres, que a única coisa que têm no mundo é o dinheiro. E têm muito dinheiro.” Pois o nosso verdadeiro mundo é aquilo que enxergamos por dentro. Dizia Buda: “Somos do tamanho de nossos sonhos”.
O Blogger PENSADOR partilha a mesma ideia, visto que em seus epígrafos afirma: “Os que vêem as coisas de forma diferente não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo.
Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente.
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de facto, mudam.”
Assim, seria a diferenciação da visão acolhida que determinaria os nossos resultados. Ninguém vence no mundo por fazer a mesma coisa que o outro – excepto em concursos de imitação.
“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.” – Já dizia a máxima popular. Enfim, o sorriso pertence aos vêem o caminho da paz diante da guerra, enxergam a saída diante dos muros e avistam troféus diante dos desafios. Afinal, como já havia apresentado: “Somos [todos, sem exceção] do tamanho de nossos sonhos.” – frase de Buda.
Por: Sampaio Herculano
Finalista em História pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto