O Presidente do MPLA, João Lourenço, anunciou, hoje, no Futungo de Belas, em Luanda, que o país vai trabalhar no sentido de valorizar cada vez mais a carreira docente universitária, e anunciou à melhoria dos salários dos profissionais de carreiras especiais já a partir de Junho
João Feliciano
João Lourenço reforçou que a medida tem respaldo nos termos do decreto presidencial a ser publicado ainda esta sexta-feira.
Falando na abertura da VI reunião do Comitê Central do MPLA, antecedida pela reunião do Bureau Político, referiu que o Executivo vai prestar uma maior atenção ao ensino superior.
A intenção, disse, não apenas com a construção de novas infraestruturas para universidades e institutos superiores, com a formação e admissão de mais profissionais, mas, sobretudo, com a valorização da carreira docente universitária.
“E aproveito esta ocasião para anunciar que os salários dos profissionais de carreiras especiais, como docentes universitários, investigadores, dos médicos militares e técnicos superiores de saúde, vão ser substancialmente melhorados a partir do mês de Junho, nos termos do decreto presidencial a ser aprovado ainda hoje”, anunciou João Lourenço.
João Lourenço referiu que a VI reunião do órgão central MPLA não acontece apenas por mero cumprimento do programa aprovado, mas para se abordar questões que impactam diariamente na vida dos cidadãos.
Com isso, referiu que o Executivo tem um ambicioso programa de construção ou reabilitação de infraestrutura portuárias, aeroportuárias, rodoviárias, ferroviárias, de comunicações, telecomunicações e espaciais, aproveitamento hidroelétricos e parques fotovoltaicos para produção de energia eléctrical, hospitais, unidades de ensino e outras.
A reunião do Comitê Central decorre sob o pano de fundo do estado do sector de energia e águas, sua actual realidade e perspectivas para a sua melhoria com os novos investimentos à vista.
A olhar neste sector, o presidente do MPLA, João Lourenço destacou os grandes projectos em curso e outros programados como os da barragem hidroelétrica de Caculo Cabaça, os projectos Bita e Quilonga para o reforço do abastecimento de água na capital do país, que conta com uma densidade populacional actual estimada em mais de 12 milhões de habitantes.
Citou ainda os grandes projectos de armazenamento de água como o da Cova do Leão, Ndue e Calucuve, no Cunene, e Curoca, Curunjamba, Girau, Inamangando, Beto e Bentiaba, nas província do Namobe.
País produz cerca de 6000 MW de energia
Referiu, por outro lado, que mesmo não tendo sido ainda concluída a barragem hidroelétrica de Caculo Cabaça, o país está a produzir já cerca de seis mil megawatts, sendo que apenas metade está a ser consumida.
João Lourenço, por isso, atenção à necessidade de se contar com parceiros privados ma transportação e distribuição da energia produzida afim de se aumentar o consumo industrial e doméstico.
“Para que possamos vender energia para os nossos vizinhos, iniectando-a na rede da SADC a sul, assim como transportar para a região do chamado coper belt na Zâmbia, numa extensão de 1.300 quilómetros a partir de Laúca”, disse João Lourenço.
Ainda no sector da energia, o líder dos camaradas disse que o Executivo estava trabalhar numa solução inédita para levar energia da rede nacional para Cabinda, a partir do Soto, e, com isso, descontinuar a utilização das centrais térmica.
Combate à corrupção
No quadro do combate à corrupção e em relação à recuperação de cativos, Joao Lourenço fez menção as declarações recentes do Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Grós, que anunciou ou esforços que a PGR está a fazer para trazer a Angola os milhões de dólares desviados para o exterior por Carlos São Vicente.
Lembrou que o Estado está a trabalhar desde Dezembro de 2023 com as autoridades da Confederação Helvética da Suíça, país onde grande parte desses recursos estão domiciliados em bancos.
João Lourenço alertou, ainda, para a manutenção da paz e segurança mundial, tendo condenado a invasão da Rússia à Ucrânia, e a guerra no médio oriente entre o Israel e a Palestina.