De acordo com um comunicado divulgado ‘online’ pela Polícia guineense, os três estão indiciados dos crimes de corrupção, falsificação qualificada e associação criminosa.
Segundo a PJ, os funcionários “são suspeitos de integrarem uma rede criminosa que se dedicava ao tráfico de passaportes e ao auxílio à emigração ilegal”.
As detenções, como se explica no comunicado, ocorreram no âmbito de uma operação policial denominada XISTRA, que “foi desencadeada há dois meses e incluiu um conjunto intensivo de acções de vigilância e seguimento”.
“Foram efectuadas abordagens importantes no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, onde a Célula Anti-Tráfico da Polícia Judiciária interceptou vários passageiros na posse de passaportes de serviço emitidos de forma fraudulenta, os quais eram transaccionados por avultadas somas de dinheiro”, concretizou.
A PJ explicou que “as investigações culminaram com a execução de mandados de busca e apreensão na Direcção Geral dos Assuntos Jurídicos e Consulares, de onde foram recolhidos diversos documentos que comprovam a ilegalidade das actividades em curso”. Estes documentos são considerados “peças fundamentais para a prossecução da investigação”.
As identidades dos suspeitos não foram divulgadas, nem as funções que desempenhavam no Ministério dos Negócios Estrangeiros, “para não comprometer a investigação” ainda em curso.
A Polícia Judiciária guineense adianta que os detidos seriam apresentados ao Ministério Público, essa Quinta-feira, para o primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação adequadas.
A PJ referiu ainda que “esta operação é apenas uma fase de um esforço contínuo e que há indícios de mais funcionários públicos envolvidos no tráfico de passaportes”.