No dia 19 de Julho do corrente ano será realizado o Censo Geral da População e Habitação em todo território nacional, em simultâneo. Todos angolanos, de todas idades, que estiverem presentes no país serão recenseados.
De acordo com o chefe de departamento de operações do Instituto Nacional de Estatística (INE), Ezequiel Luís, o programa do censo terá início na primeira hora do dia 19 de Julho e, dada a importância dos meios de comunicação de massa neste processo, urge a necessidade de capacitar os jornalistas.
O responsável falava nesta terça-feira, 16, em Luanda, durante o seminário de capacitação aos jornalistas e membros do Ministério da Comunicação Social, sobre matérias ligadas ao processo do censo.
O censo obedece várias etapas, nomeadamente, a actualização cartográfica, o censo piloto, a operação principal e a divulgação dos resultados.
O programa vai contar com equipas devidamente identificadas, constituída por recenseadores e supervisores. “As informações fornecidas serão confidenciais.
As informações serão usadas apenas em forma de estatística e os resultados ajudarão o Governo a planificar e a implementar melhores programas de assistência e apoio à população; identificar locais para investimentos que melhorem a qualidade de vida da população”, sustenta.
Por outro lado, o director do Instituto Nacional de Estatística ( INE), José Calengi, defendeu que o censo é dos acontecimentos mais importantes para a construção do nosso país, porque é a partir das informações que vão recolher que será possível saber, com precisão, quantos somos, como somos, onde vivemos e como vivemos, admitindo que desta forma o país vai poder planificar melhor os investimentos nas áreas de habitação, energia, saneamento básico, escolas, postos de saúde, estradas e outros serviços essenciais.
Por isso, o director aconselha a população, em geral, a estar envolvida neste processo, de modo a passarem os dados certos e verdadeiros às equipas de campo.
Jornalistas chamados no processo de transmissão de informação à população O secretário de Estado do Ministério das Tecnologias de Informação e Comunicação social, Nuno Caldas Albino, que se fez presente no seminário de capacitação, disse que o censo é um processo que todos deve se engajar, sem excepção.
É um exercício no qual a comunicação social deverá desempenhar o seu papel de mobilização cívica da população.
“A missão de comunicar num mundo cada vez mais globalizado impõe a todos membros da sociedade civil e, em particular, aos jornalistas a jogarem um papel importante no processo de transmissão de informação e formatação da consciência.
Para que isso aconteça de forma assertiva e responsável, torna-se necessário, e imprescindível, que todos jornalistas tenham a consciência dos assuntos que relatam”, defende. Considera que as acções formativas são oportunas e necessárias para melhorar a compreensão do processo e os seus procedimentos.
“A comunicação social tem o papel insubstituível na interacção e na transmissão de mensagens positivas, sensibilização e mobilização de todos os actos que requerem destes órgãos uma preocupação cuidada, conducente à mobilização de cobertura positiva e construtiva”, manifestou o responsável.
O censo geral, conhecido também como recenseamento geral da população e habitação, é a contagem de toda população e habitação de um determinado país, num determinado período. O último Censo foi em 2014.
O trabalho do actual censo está a ser preparado pelo INE, sob a coordenação da Comissão Multissectorial de Apoio ao Censo 2024, criada ao abrigo do despacho presidencial n.º 290/22, 30 de Dezembro