O técnico ambiental da Guiné-Bissau, António Pafau N´Dafa, de 52 anos, aproveitou a ocasião de uma apresentação sobre como funciona o relatório bienal de iniciação em relação aos estudos de generalidade ambiental, conhecido por BTR, para revelar a transparência com que o seu país faz seguir o projecto.
“Fizemos uma apresentação em relação ao BTR, e, nesse pacote, nós somos obrigados a explicar sobre os passos dados e como o projecto foi financiado. Trata-se de um financiamento de cerca de 600 mil dólares, que se espera permitir implementar o referido projecto”, disse o técnico ambientalista. De acordo com o funcionário do gabinete do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática da GuinéBissau, na sessão, ao valor concedido, adicionou-se o contributo do Estado guineense, na ordem dos 50 mil dólares, perfazendo um total de 650 mil.
António Pafau N´Dafa garantiu que o projecto vai ser implementado num prazo de 24 meses, tendo começado em Fevereiro de 2023, prevendo-se que a sua conclusão seja em janeiro de 2025. Segundo o ambientalista, no fim do projecto, a sua delegação vai submeter um relatório à convenção das Nações Unidas sobre as alterações climáticas. Valendo-se dos seus 15 anos na luta a favor de um ambiente saudável, o técnico ambiental disse que até chegar lá, a Guiné-Bissau poderá ganhar vários fundos, já que a nação africana está inclusa no Fundo Verde e no de adaptação e alterações climáticas.
“Se o país tiver condições para a elaboração de vários projectos ao Fundo Verde vai ter outros financiamentos”, garantiu António Pafau N´Dafa. Entretanto, para conseguirem este fundo, Pafau e a sua equipa têm de seguir e terminar os procedimentos da elaboração do projecto, porque os fundos têm suas regras e eles têm de estar capacitados para seguirem as devidas orientações.
Relativamente aos problemas pontuais do seu país, António N´Dafa considerou como primeira preocupação o lixo plástico, colocando, nessa mesma agenda de desassossegos, o corte ou desabamento de árvores nas florestas. “Os dois problemas são de necessidade de resolução imediata, porque, nós, enquanto ambientalistas, sabemos que há uma subida de temperatura, resultante dessa desarborização e de outros males causados à natureza por acção humana.
Quanto ao lixo plástico, referiu que os mesmos demoram muito tempo para se decompor, sendo que, enquanto dura esse processo, ocorrem danos no lençol freático e noutros elementos naturais, o que dificulta, por exemplo, a fluidez do oxigénio.