Operadoras e passageiros fazem contas à vida por conta de prejuízos decorrentes de uma prática que vai, em certa medida, preocupando, para a qual esperam uma acção interligada entre alguns comandos provinciais, a começar pelos de Benguela e Cuanza-Sul.
Recentemente, o Gabinete dos Transportes e Mobilidade Urbana sentou-se à mesma mesa com as agências de transportes da província, INADEC e passageiros afectados, a fim de se encontrar a melhor maneira para ultrapassar o problema. Entretanto, a preocupação deles reside, fundamentalmente, no ‘modus operandi’ adoptado pelos meliantes.
Relatos de quem se obriga a ressarcir danos derivados da perda de mercado- rias, em consequência de assaltos, no caso as agências, apontam que, em determinadas troços, supostos marginais obstruem as vias com pedras, obrigando os motoristas a afrouxar a marcha ou, na pior das hipóteses, parar a viatura.
Eles, aproveitando desta condição do carro, arrombam os porões dos autocarros de cujo interior retiram mercadorias de passageiros. Domingos Cândido, da empresa de transporte Macon, refere que, em muitos casos, se vêem obrigados a gastar somas em dinheiro para reparar os danos provocados pelos assaltos de meliantes, tendo apontado a desci- da/subida do Chingo, no Sumbe, ao Cuanza-Sul, como o ponto mais crítico.