A província de Cabinda pretende levar a cabo uma série de acções quevis a m promover o ecoturismo na região, aproveitando as condições ecológicas da Floresta de Maiombe, que ocupa uma extensão de aproximadamente 290 hectares, com uma fauna e uma flora riquíssimas com espécies variáveis de animais e plantas.
Em entrevista ao jornal OPAÍS, o secretário provincial do Comércio e Turismo, Eduardo Pitra, disse que existem condições e a província está disponível para exercer, sem sobressaltos, acções ligadas ao ecoturismo, um das formas mais sustentáveis de turismo, que busca preservar o meio ambiente e valorizar a cultura local. Para além do turismo de negócios e de lazer actualmente praticada, Eduardo Pitra defende que a província precisa evoluir para um turismo ecológico (ecoturismo) mercê das condições favoráveis e das potencialidades que a Floresta de Maiombe oferece para o efeito.
A título de exemplo, a nossa fonte referiu que, para quem vai ao Maiombe, interior da província, denota, tão logo, ser favorável promover o ecoturismo, porque temos a flora e a fauna e muitas outras coisas que podem ser observadas na floresta do Maiombe. “Por isso, temos que ter a cultura de criarmos lá as infra-estruturas para que quando recebermos os turistas, para além deles poderem acampar na floresta, possam também usufruir de infra-estruturas adequadas nas sedes municipais, sobretudo, no Buco-Zau e Belize.
Isto, pode atrair muitas pessoas para esse tipo de turismo.” O Parque Nacional do Maiombe é considerado como um ponto de grande atracção turística, com uma reserva considerável de animais e espécies de madeiras valiosas, que serve, de certa maneira, neutralizar os efeitos negativos do desenvolvimento humano e educar os turistas e as populações que habitam nessas áreas. O parque oferece aos turistas a oportunidade de observarem os animais como gorilas, chimpanzés e papagaio-cinzento em seu habitat natural.
24 Pontos turísticos
Em relação ao funcionamento do sector na província, o secretário do Comércio e Turismo garantiu que têm sido observadas algumas acções para alavancar a sua actividade a nível da região. Adiantou que, neste momento, existem 24 pontos turísticos já identificados em toda extensão da província e muito deles precisam ser trabalhados com a colaboração das administrações municipais por terem problemas de acesso.
“Na nossa grelha de acções do sector, estamos a programar alguns eventos para poder fazer perceber quais são as potencialidades que Cabinda tem em termos de turismo e falarmos também sobre o roteiro turístico que Cabinda pode ter”. Em relação aos pontos turísticos acima referidos, a nossa fonte destacou o Morro do Tchizo, os Bakama, a Igreja São Tiago Maior de Lândana, a foz do rio Chiloango e o Tratado do Simbulambuco.
Mereceram também destaque, o cemitério dos Nobre de Cabinda, o Tratado de Tchicamba, o local de Concentração de Escravos, a lagoa de Manenga, o Museu Regional de Cabinda, a Floresta de Maiombe, uma das sete maravilhas de Angola, os mangais e as lindas praias de Lândana, Yabi e Mandarin. Sem precisar valores, Eduardo Pitra disse que o sector necessita de financiamento para se implementar alguns investimentos, de modo a determinar as verdadeiras potencialidades turísticas da província.
Em 2023, o sector arrecadou cerca de sete milhões de Kwanzas provenientes das actividades de licenciamento de infra-estruturas turísticas, disse, acrescentando que, neste momento, há uma equipa técnica que trabalha nos municípios para fazer um mapeamento e definir outros pontos turísticos ainda não descobertos como lagoas, rios, e alguns espaços que podem servir de lazer. Cabinda conta neste momento com 13 hotéis, 24 pensões e um aldeamento turístico e similares que podem ser considerados como atractivos turísticos.
“Há dificuldades, falta de dinheiro para se investir em infra-estruturas turísticas, portanto, isto é um exercício que temos de ir fazendo.” O aeroporto Maria Mambo Café, a estrada internacional que liga Cabinda à região de Ponta-Negra (Congo Brazzaville) e a Sul, a fronteira do Yema com a República Democrática do Congo são as principais portas de entrada dos turistas para a província de Cabinda. De acordo com o nosso entrevistado, o número de turista que visita à província tem aumentado nos últimos tempos, com destaque para aqueles que por via terrestre passam por Cabinda provenientes de vários países da Europa, Ásia e América, bem como outros provenientes de vários pontos do país.
POR:: Alberto Coelho