Trata-se de artistas maioritariamente de países como Estados Unidos da América, França, Israel, Portugal, Itália, Brasil, Gâmbia e Rússia que vão ter a oportunidade de partilhar as suas culturas e trocar impressões com artistas angolanos, com os quais irão dividir o palco, revelou ontem, em Luanda, o porta-voz do festival, Neto Júnior.
Segundo o responsável, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação da agenda do evento, no Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), a iniciativa de juntar artistas nacionais e internacionais num único festival resulta da visão do Geophaphic Music Station, que adopta o lema “amanhecer no mundo: juntos pelo crescimento inclusivo, educando pela arte”.
Deste modo, em seu entender, estar-se-á a reunir músicos de diversas origens geográficas e culturais para uma fusão de sonoridades afro-brasileiras, do Oriente Médio, dos Balcãs e Árabes “de forma a expressar a riqueza da música que transcende fronteiras, conectando cidadãos de todo o mundo”.
À imprensa, o porta-voz adiantou que o festival estima acolher entre 700 a mil pessoas, entre as quais importantes entidades públicas, membros do sector privado, personalidades da sociedade civil, académicos, representantes de instituições culturais (nacionais e internacionais), diplomatas, comunidades internacionais, membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre outros.
Avançou ainda que o Festival, que acontece em alusão ao Dia Internacional do Jazz, que se assinala a 30 de Abril, é uma iniciativa do Projecto ResiliArt Angola, resultante da parceria entre a UNESCO e a American Schools of Angola (ASA) e que conta com o apoio do Governo angolano, enquadrado na Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência/2024.
Promoção do intercâmbio cultural
Por sua vez, o director do Resiliart Angola, Marcos Agostinho, disse que o Festival Internacional de Jazz representa uma janela oportuna para a expansão do Jazz a todos os cantos do continente e do mundo. Por outro lado, afirmou ser uma oportunidade para a promoção do intercâmbio cultural entre as diferentes Nações que se vão juntar na capital angolana para celebrar o estilo musical originário dos afrodescendentes.
“Nós temos aqui um momento singelo que é a continuação da promoção da cultura, o empoderamento artístico e aquela mistura de internacionalização cultural. Portanto, é, para nós, um momento bom que vamos vivenciando de intercâmbio internacional cultural”, considerou.
O responsável frisou que o evento visa promover não apenas a música, mas também a cultura da paz e não-violência e inclusão no continente, à luz dos valores defendidos pela Bienal de Luanda massificação dos artistas nacionais Marcos Agostinho garantiu que estão a ser feitos os contactos para garantir a maior presença possível de músicos nacionais.
Entretanto, afirmou que o evento prevê contar a performance de conceituados artistas do musical nacional como Totó ST, Nelito Santos, Mi Trovoada (residente em Portugal), Amosi Just a Label, Nelo Jazz, Afrikkani- tha, Toty Sa’Med, Dimbo Makies- se, e tantos outros. Recorde-se que a última edição do Festival Internacional de Jazz decorreu nos dias 29 e 30 de Abril de 2023, no Shopping Fortaleza, em Luanda, tendo contado com a presença de dezenas de artistas nacionais e internacionais.