O administrador do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), Simão Cardoso, disse que a sua instituição tem como objectivo, para este ano de 2024, apoiar os fazedores do sector turístico no país, para contribuir para diversificação económica.
O responsável que falava no Fórum de Negócios e Conectividade Media Nova, realizado entre os dias 29 e 30 de Março, no Huambo, disse que, para o efeito, a sua instituição quer ver aumentada a carteira de investimento.
Simão Cardoso lembrou que no ano passado o Executivo fez a cabimentação de algumas instituições financeiras, na qual o FACRA recebeu a quantia de 5 mil milhões de kwanzas. “Acreditamos que o Executivo poderá aumentar a cabimentação para, num curto espaço de tempo, apoiar mais produtores. O principal objectivo passa por identificar pontos turísticos a nível do país”, disse.
O FACRA tem disponível dinheiro para apoiar o sector agrícola, estando já aprovados e em fase de conclusão 14 projectos. Entretanto, o responsável do FACRA sublinhou que outros projectos podem ser acrescidos ou diminuídos, por se tratar de um processo selectivo e que, pela sua rigorosidade, muitos empreende- dores, na fase final, acabam por desistir. “Estamos a falar do sector de transportes, mercadorias, conservação, distribuição e pequenas indústrias de transformação”, esclareceu.
A nível do Huambo, disse que foram identificadas algumas em- presas que mostraram interesse em ser financiadas pelo FACRA. “Já temos uma empresa que é participada nossa que é a Soadubos que irá servir de exemplo a outros promotores de projectos, mostrando que é possível o financiamento ser feito a nível do FACRA”, ressaltou.
Em relação à solicitação dos em- presários para o crédito, Simão Cardoso espera que o Executivo possa aumentar a carteira de investimento a nível do FACRA e que mais produtores possam endereçar os seus pedidos à instituição. No que toca aos requisitos, avançou que a instituição tem uma tipologia diferente da banca comercial, sendo que o FACRA faz um acompanhamento das empresas financiadas para que passem a ser parceiras, admitindo que ainda há muito para aprender sobre o capital de risco.