Uma viatura de marca Toyota, modelo Hilux, transportando uma equipa de jornalistas, sendo dois da Televisão Pública de Angola (TPA) e um da Radio Nacional de Angola (RNA), capotou, ontem, na localidade de Cuvelai, província do Cunene, quando se encontravam em missão de serviço de cobertura de uma actividade que estava a ser desenvolvida pela direcção local da JMPLA.
João Katombela, na Huíla
A viatura, em que seguiam os três profissionais, pertencia a um particular que disponibilizou-se em levar a equipa, já que as duas empresas não disponibilizaram as devidas condições para o referido trabalho.
De acordo com uma testemunha, que presenciou o acidente, tudo aconteceu por conta da velocidade que a caravana seguia, tendo o condutor perdido a direcção, o que originou, de seguida, o capotamento
Os três jornalistas foram atendidos na unidade sanitária da localidade de Cuvelai, transportados por uma outra viatura que circulava no mesmo trajecto.
Na sequência do acidente, os profissionais tiveram ferimentos ligeiros, sendo que, até ao fecho desta matéria, já encontravam-se nas suas residências na cidade de Ondjiva, capital do Cunene.
“O carro em que vinham os jornalistas era o último da caravana. E, como havia muita poeira, acho que o motorista não conseguiu controlar a viatura e capotou. Graças a Deus não morreu ninguém, mas o carro está totalmente danificado”, explicou a fonte.
A mesma fonte acrescentou que um dos membros da caravana, pertencente ao Comité Provincial da JMPLA, procurou ocultar a informação eliminando as fotografias do ocorrido no telemóvel de um dos sinistrados.
Sindicato lamenta ocorrido
Entretanto, o secretario provincial do Sindicato dos Jornalistas Angolanos no Cunene, António Hifiquepunye, lamenta o acontecido e reprova a atitude dos membros da caravana da JMPLA que não prestaram socorro aos três profissionais da Comunicação Social.
“Lamentamos o que aconteceu aos nossos colegas. Infelizmente aconteceu este acidente ontem e nós só tivemos conhecimento no princípio da noite de hoje. Demos graças a Deus, os colegas estão bem. Falei com um deles, que é um camara da TPA, disse-me que está bem”, frisou.
Questionado sobre as condições de trabalho dos jornalistas na província do Cunene, António Hifiquepunye disse que nem todos os órgãos estão mal, com realce para a TPA que possui meios próprios de transporte, pelo que não entende a razão de os colegas terem sido transportados de boleia.
A nossa equipa de reportagem tentou contactar a direcção da TPA na província do Cunene, na pessoa da sua directora, Celma Javela, mas não teve sucesso.