Vários cidadãos, entre fãs, artistas, agentes culturais, colegas de trabalhos, efectivos da Polícia Nacional, recepcionaram ontem, por volta das 18h00, no Aeroporto Albano Machado, os restos mortais do músico e compositor Justino Handanga, que será enterrado hoje no cemitério Municipal do Bailundo, província do Huambo, sua terra natal
O corpo estava previsto a chegar às 08h00, mas, por alguns transtornos, o voo que transportava a urna com os restos mortais de Justino Handanga aterrou por volta das 18h00, e fizeram com que muitos cidadãos provenientes dos outros municípios do Huambo desistissem por conta da distância.
Ainda assim, segundo o chefe de departamento de acção cultural, Pascoal Nhanga, foram aproximadamente quatro mil cidadãos que aderiram em massa a recepção dos restos mortais do músico, desde taxistas, músicos, governantes, políticos que aguardaram pela sua chegada. “Quando a urna chegou foi um momento de muito choque, muito suor, muita emoção, as pessoas não estavam a acreditar que era o Justino que estava a ser transportado naquela urna.
Acima de tu- do, Justino Handanga foi recebido como um rei, com honras militares. Também havia um trio eléctrico que cantava as suas músicas”, disse consternado. Pascoal Nhanga avançou que, antes mesmo da chegada da urna, as pessoas cantavam as suas músicas e recordavam o próprio artista.
No momento em que chegou a urna, com a presença da governadora do Huambo, Lotti Nolika e outros familiares, os presentes meteram-se em lágrimas pela perda irreparável do músico que muito trabalhou para o desenvolvimento da cultura. Muitos dos presentes nas proximidades do aeroporto, nos passeios, devido à enchente, contou, não conseguiram chegar a este espaço. Mas, enquanto a urna passava, no cortejo fúnebre, despediam-se de Justino Handanga.