O filme angolano de curta-metragem “O Poder”, inscrito no festival de cinema da América Latina “Latin American Film Festival in Native Languages” estreou, Sexta-feira, na cidade do Huambo, numa sessão bastante concorrida pelo público.
De co-autoria do realizador angolano António Guimarães e produtor TP Films, a curta-metragem exibida no auditório do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), periferia da cidade do Huambo, conta com 25 actores angolanos, portugueses e cubanos, entre figurantes e elenco principal.
O festival de cinema de curta-metragem da América Latina, “Latin American Film Festival in Native Languages”, na qual está inscrito o filme angolano “O Poder”, vai decorrer de 15 a 20 de Abril próximo no Perú.
António Guimarães disse que a curta-metragem escrita e gravada, em Fevereiro último, na cidade do Huambo, resulta da necessidade de se internacionalizar o cinema angolano.
Explicou que o filme de género ‘acção’ narra uma crítica social que desincentiva o uso de drogas e a violência a nível nacional e internacional. O realizador defendeu ser o momento do cinema angolano começar a ser produzido com mais qualidade e investimentos, de modo a atrair a participação de actores internacionais no país.
O director adjunto do CEFOJOR, José Caculo, informou que o centro vai, nos próximos dias, começar a ministrar diversas formações na área da comunicação social, na qual está incluído o cinema, para realizar o sonho de muitos jovens angolanos que desejam ser actores e cineastas.
Disse ser a intenção do CEFOJOR promover o lançamento de filmes, séries, documentários nacionais e outros produtos audiovisuais com actores angolanos.
O percurso cinematográfico dos jovens António Guimarães e o seu produtor Tp Films começa em 2015, com o primeiro projecto intitulado “Fantasma de Abena”.
Em 2017, seguiu-se o filme “Nós Diabólico” e “Nascidos no Escuro”, em 2019. Uma das suas mais importantes obras “Onde está Deus” saiu a público em 2023, cujo lançamento oficial foi prorrogado pela Netflix para este ano.