Os fundos de pensões verificaram uma queda de 64%, a contrariar a tendência positiva dos seguros, de acordo com os dados da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), refentes ao ano passado, divulgados recentemente
As contribuições, segundo a ARSEG, tiveram menos 191,698 mil milhões de kwanzas, ao recuarem dos 300,789 mil milhões para os 109,090 mil milhões de kwanzas. Influenciaram na queda a redução do pagamento das pensões de viuvez, que caiu 1,60%, recuando de 4,059 mil milhões para 3,994 mil milhões de kwanzas, bem como da remissão que reduziu de 4,150 mil delas para 4,128 mil milhões de kwanzas. Nos benefícios pagos por tipo de pensões destacam-se a pré-reforma com 1,275 mil milhões, orfandade com 4,329 mil milhões e invalidez com 334,963 milhões de kwanzas.
A instituição que registou maior variação no pagamento das pensões, de acordo com os dados da ARSEG, é o Económico Fundos, ligada ao Banco Económico, com incremento de 636, 47%. As suas contribuições escalaram de 2,007 mil milhões para 14,785 mil milhões de kwanzas, seguindo-se a Nossa Seguros com variação de 270, 90%, aumentando a contribuição para os 171,870 milhões de kwanzas e superando os anteriores 46,339 milhões de kwanzas. Entretanto, a instituição que contribuiu na queda das contribuições durante 2023, é a Sonangol Vida. Dos 55,876 mil milhões pagos no período homólogo, retrocedeu para os 54,172 mil milhões de kwanzas.
Seguros cresce 18%
Os prémios brutos emitidos no sector segurador passaram de 312,744 mil milhões de kwanzas para os 369,327 mil milhões em 2023, um aumento de 18,09%, de acordo com os dados da ARSEG. Entretanto, os prémios brutos foram impulsionados significativamente pelo ramo “não vida”, com um peso de 86,88% sobre o total dos prémios emitidos. Ascendeu dos anteriores 287,407 mil milhões para os 320,854 mil milhões de kwanzas. A maior contribuição foi do segmento doenças com 123,899 mil milhões, e petroquímica com 57,803 mil milhões de kwanzas. Por sua vez, a taxa de sinistralidade passou de 33% para os 44%.
POR: Francisca Parente