O clube tricolor, com Tomás Faria na direcção, esclarece que os atletas antigos e que prestaram serviço técnico e administrativo é que vão ter acesso à pensão de reforma. Alguns atletas gostariam que o acto se estendesse mais, mas a condição financeira do Catetão não permite
A direcção do Petro de Luanda destacou a este jornal que o subsídio de reforma anunciado pelo presidente Tomás Faria não vai incluir todos os ex-praticantes que passaram pelo clube. O conjunto tricolor, fundado em 1980, fez questão de esclarecer que o subsídio de reforma destina-se apenas aos atletas que, após o fim da carreira, exerceram funções administrativas, de treinadores, massagistas e roupeiros. Além disso, a formação tricolor mencionou que os ex-praticantes que, actualmente, exercem cargos administrativos no clube também beneficiarão deste pacote tão logo forem à reforma.
Nesta sequência, o conjunto petrolífero assinalou que os antigos atletas que se encontram na reforma vão começar a receber os subsídios sem a necessidade de terem contribuído enquanto estavam em actividade. No entanto, o gesto do emblema tricolor, sob a liderança de Tomás Faria, tem sido «bastante enaltecido» por adeptos e sócios do clube, mas também criticado por outros. Os antigos atletas de diversas modalidades ouvidos por este jornal não receberam esta medida com bons olhos, considerando que a direcção do clube tricolor não teve uma postura inclusiva.
Neste sentido, os ex-praticantes entendem que o elenco de Tomás Faria devia incluir todos os ex-praticantes que passaram pelo clube, uma vez que muitos vi-vem em situações precárias. Desta feita, a direcção da formação tricolor lamenta a situação, mas assinala que tal medida não será posta em acção devido à realidade económica e financeira que o país tem atravessado. Sabe este jornal que a direcção do emblema petrolífero tem vindo a trabalhar afincadamente na criação de condições para a efectivação deste instrumento que visa melhorar as condições sociais de ex-funcionários do clube.
Recorde-se que o emblema petrolífero movimenta doze modalidades, sendo o futebol a mais titulada em Angola, com dezasseis títulos do Girabola. No dia 14 de Janeiro último, o clube tricolor, que já viu desfilar grandes nomes do futebol angolano como Abel Campos, Nejó, Ralf, Avelino, Felito, Chico Dinis, Bodunha, Renato, Gilberto, Chinho (em memória) e outros, celebrou 44 anos da sua fundação.