O candidato reprovado na corrida ao cadeirão máximo do Partido de Renovação Social (PRS), Gaspar Fernandes, deu, ontem, entrada a um recurso junto do Tribunal Supremo para anulação do conclave agendado para os dias 3 e 4 do próximo mês. Gaspar Fernandes, também secretário-geral da juventude deste partido político, pede ainda a dissolução da comissão organizadora do 5.º congresso ordinário do PRS.
O jovem político, com aspirações de liderar esta formação de centro-esquerda e ideologia federalista, referiu que recorreu ao órgão máximo no sentido de ver reposta a legalidade e, concomitantemente, a ordem interna. Ao jornal OPAÍS, Gaspar Fernandes disse ter procurado, internamente, esgotar todas as possibilidades para um entendimento com os seus correligionários, mas viu sempre gorados os seus intentos.
Segundo o jovem, a comissão organizadora do conclave “sempre se furtou ao diálogo” e evitou abordar certas questões de ilegalidade e outros vícios criados durante a comissão de mandatos. “Entrei no partido em 2007 e assumi o cargo em 2008 de secretário de informação do partido em Viana — como é que eu não tenho 15 anos de militância? – tudo truques “, atirou-se contra a comissão.
Avançou que o documento, agora sob crivo do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Supremo, é uma providência de todos os actos ilegais do congresso – pois que o estatuto do partido orienta que a comissão deve ser dirigida por pessoas idóneas.