Angola participa nos dias 28 e 29 deste mês na cidade de São Paulo, Brasil, na primeira reunião dos ministros das Finanças e governadores dos Bancos Centrais do G20 para análise de assuntos ligados ao papel das experiências nacionais e da cooperação internacional nas políticas económicas
A delegação angolana, chefiada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, participa do evento no âmbito da presidência rotativa daquela organização pela República Federativa do Brasil, num ano em que se conclui com a aceitação da União Africana como membro permanente do G20.
Integram a delegação angolana a secretária de Estado para o Orçamento, Juciene Cristina de Sousa, o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Neto e Silva, e o director do Gabinete de Estudos e Relações Internacionais, Patrício Neto, os quais, desde ontem, participaram da segunda reunião dos vice-ministros das Finanças e vice-governadores dos Bancos Centrais do G20, que prepara a reunião ministerial.
Os ministros das Finanças e governadores dos Bancos Centrais do G20 vão discutir assuntos ligados ao papel das experiências nacionais e da cooperação internacional das políticas económicas para resolver a desigualdade, perspectivas do crescimento económico global, inflação, emprego e estabilidade financeira, tributação internacional para o século XXI e o multilateral e o papel da dívida global e das finanças para o desenvolvimento. O programa de trabalho prevê ainda a realização de uma reunião ministerial África-G20.
A agenda da delegação angolana contempla ainda reuniões bilaterais ao nível da ministra das Finanças, com o seu homólogo do Brasil, Fernando Haddad, e com o subsecretário do Departamento do Tesouro Americano, Jay Shambaugh, de modo a abordar assuntos do quadro de cooperação bilateral e multilateral. Ao assumir a presidência da organização, o Brasil anunciou convidar oito países não-membros para participar de reuniões de especialidade e cúpulas do seu programa de trabalho, nomeadamente Angola, Egipto, Nigéria, Espanha, Portugal, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Singapura, ventilando um realinhamento da política externa brasileira com a agenda dos outros países em desenvolvimento.