A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, afirmou, ontem, Terça-feira, que a formação de quadros continua a ser prioridade do Executivo angolano.
Falando na abertura do ano formativo da Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), disse que este desiderato é um elemento indispensável para o processo de reforma em curso no país, com destaque na Administração Pública.
“A formação de quadros da Função Pública, na Administração Pública, directa e indirecta, é importante porque só assim teremos os nossos funcionários preparados para os desafios que se colocam no dia-a-dia, face às imensas adversidades do nosso quotidiano”, disse.
Não é menos verdade, prosseguiu a ministra, que, só com quadros devidamente preparados, quer do ponto de vista técnico, quer profissional, é que se pode falar de uma Administração Pública consistente, no domínio das melhores soluções para as preocupações tecnológicas, técnicas, sedimentando resiliência, para se preparar o futuro.
Por outro lado, referiu, foi igualmente encaixado no Plano de Desenvolvimento Nacional de 2023-2027, o Plano Nacional de Formação de Quadros, cujo lema é “Princípios Fundamentais da Administração Pública”, para melhor exercício do aprimoramento dos quadros da função pública, em sentido lato.
Teresa Rodrigues Dias lembrou que a ENAPP realizou acções formativas no ano de 2023, que superou a previsão do Executivo, chegando a atingir mais de 23 mil quadros formados, dos 20 mil previstos, considerando a meta definida pelo Executivo de 100 mil quadros, até o final do mandato 2022- 2027, sendo que, deverá formar 20 mil quadros, por ano.
A ministra explicou que a ENAPP apresentou o Plano de Formação Bianual 2023-2024, com uma oferta de cursos que reflectem o desafio da formação de integração com as necessidades do mercado de trabalho, realizando cursos transversais aos vários sectores da economia, profissionalizantes, aqueles cuja oferta seja feita à medida das solicitações, bem como a formação de alta liderança.
Nesta perspectiva, admitiu que esta instituição tem muitos desafios no domínio do seu objecto social, como o de trabalhar para a sua sustentabilidade, a fim de acompanhar os desafios da tecnologia e da modernidade, com os temas da computação e automação nos seus serviços internos.
Para o efeito, frisou que deve ter rigor nos créditos que outras instituições devedoras têm para consigo, sendo que a sua sustentabilidade passa necessariamente pela liquidação por parte de terceiros dos seus serviços prestados.
Nestes termos, Teresa Dias entende que o ENAPP deve prosseguir com os serviços de arrecadação das suas receitas, com programas que sejam susceptíveis de serem executados, para que possa realizar com êxito a sua missão.