A embaixadora e representante da união Europeia (UE) em Angola, Maria rosário pais, reconheceu o decréscimo, nos últimos anos, dos níveis de corrupção e do branqueamento de capitais, crimes que consideram de flagelos às economias e assegura apoio em iniciativas de capacitação de quadros
De acordo com a embaixadora Rosário País, representante da União Europeia (UE), que falava à margem da abertura do workshop sobre Riscos de Branqueamento de Capitais, direccionado a técnicos nacionais da Procuradoria-Geral da República (PGR), desde 2021, Angola registou um salto de três pontos no ranking mundial do combatente à corrupção e branqueamento de capitais.
Segundo ainda a responsável, “Angola fez um esforço em matéria destes crimes ilícitos e complexos e já conseguiu decrescer os níveis em que se encontrava”. Por essa razão, disse a diplomata, a União Europeia reconhece que Angola está no bom caminho, considerando que há um esforço que deve continuar a fazer e pode continuar com o apoio técnico e financeiro da União Europeia.
De 26 até 28 de Fevereiro, a Unidade de Investigação Financeira (UIF) e a Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) organizam em Luanda um workshop sobre Riscos de Branqueamento de Capitais, direccionado a técnicos nacionais, sobretudo os da PGR, com prelecção de formadores suíços e canadianos que apresentaram as suas experiências e a realidade internacional sobre a matéria.
A Suíça é um dos países do mundo que nos últimos anos se tem distinguido no combate ao branqueamento de capitais. Assim, com o apoio da Embaixada da Suíça em Angola, três especialistas do “PRO. REACT – Projecto de Apoio ao Fortalecimento do Sistema Nacional de Confisco de Activos”, projecto de iniciativa do Governo angolano, tem levado a cabo estas acções de capacitação. Maria Rosário Pais sublinhou que no momento certo Angola deu conta das necessidades de um apoio externo para suprir as debilidades ainda existente para um cerrado combate à corrupção e ao branqueamento de capitais.
“Angola quis com a capacidade dos técnicos nacionais reforçar a sua capacidade de recuperação de activos e de fazer a luta contra o combate à corrupção, à medida dos meios sofisticados que os agentes destes crimes utilizam”, lembrou. Durante três dias, 26, 27 e 28 deste mês, formadores suíços e canadianos vão ministrar as diferentes matérias sobre combate à corrupção e branqueamento de capacitais com base na experiência dos seus países e internacionais.
Recentemente, a União Europeia aprovou um financiamento para Angola de 90 milhões de euros, e deste valor 25 milhões serão destinados à justiça e aos direitos humanos, com enfoque ao combate ao branqueamento de capitais com a capacitação de técnicos. Já Manuela Carneiro, conselheira da ONUDC, revelou durante o discurso de abertura do workshop que os sectores financeiros, imobiliários, escritórios de advogados e as seguradoras são os mais expostos ao risco de branqueamento de capitais, ou seja, os mais utilizados para ilícitos.
POR: José Zangui