A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou, hoje, em Mbanza Kongo, província do Zaire, que Angola está a levar muito à sério, e a mais alto nível, a problemática do surte de cólera que tem assolado, principalmente, os países da região da SADC
João Feliciano
Foto de; Nambi Wanderlei
Silvia Lutucuta que trabalhava desde as primeiras horas desta sexta-feira na província do Zaire, referiu que as autoridades fizeram um alerta nacional, no mês passado, tão logo a situação piorou na região.
Segundo a ministra, este é um assunto que Angola está a levar muito à sério e a mais alto nível.
“Tivemos a reunião dos ministros da Saúde da SADC, foi feito um conselho de ministros dos ministros da Saúde com os ministros da Relações Exteriores da região, e também uma cimeira dos Chefes de Estado pra debater um plano estratégico e medidas de contenção da doença”, afirmou a ministra.
Segundo a governante, desde o passado mês de Janeiro que Angola activou as comissões províncias e municipais de combate à cólera com o objectivo de conter a propagação desta doença.
Salientou que as autoridades têm uma maior preocupação com a província do Zaire que, segundo a ministra, tem sido a porta de entrada da cólera no país devido às ilhas que compõe o município do Soyo que coloca a fronteira do país em alto nível de vulnerabilidade.
“Temos aqui grandes mercados, como é o Luvitu, com fronteira com a RDC, mas as nossas equipas de segurança, de forma integrada, o Ministério da Saúde, a AGT, os órgãos de Defesa e Segurança e também o governo local estão em vigilância permanente para ir tomando as medidas de contenção”, asseverou.
Avançou, ainda, que a questão logística tem estado a ser preparada de modos a se dar resposta imediata caso seja detectado algum caso.
Hospital Geral do Zaire será concluído em Agosto em 2025
Em visita de constatação às obras do Hospital Geral do Zaire, a ministra da Saúde, Sílvia Litucuta, recebeu a confirmação por parte do empreiteiro que a unidade sanitária deverá estar concluída e entregue às autoridades até Agosto do próximo ano.
Conforme a governante, as obras estavam paralisadas desde 2014, por constrangimentos financeiros, e do empreiteiro, que garantiu a conclusão da obra até a data prevista.
A infra-estrutura, que está a ser erguido de raiz no município de Mbanza Kongo, encontra-se já com uma execução física de 21 por cento, segundo afirmou a ministra da Saúde.
Sílvia Lutucuta garantiu que quando estiver concluída a unidade vai prestar serviços diferenciados, do ponto de vista técnico, referindo que o Executivo vai trabalhar para doptar os profissionais de competências necessárias para prestar um serviço de qualidade e humanizados.
Por esta altura, disse, os equipamentos desta unidade vão já sendo acondicionados no local.
“Hoje estivemos reunidos com o governo local para ver a questão dos acessos ao hospital, a questão da água e energia eléctrica bem como da drenagem das águas pluviais e residuais”, avançou.
Unidades secundárias e terciárias serão também reabilitados
Sílvia Lutucuta sublinhou que a estratégia do Executivo é concluir o hospital novo e, de forma escalonada, dar atenção às unidades antigas, que têm prestado serviços de nível secundário.
“Vamos fazer isso aqui no Zaire também, depois de 2025, porque precisamos ter os vários noveis de atenção a funcionar em rede”, disse, garantido que o actual hospital Maria Eugenia Neto, que funciona como o hospital provincial passará a ser uma unidade de nível terciário para atender a alta complexidade.
Financiamento garantido
Sílvia Lutucuta fez também saber que os constrangimentos financeiros estão ultrapassados, com uma linha de crédito fornecida pela empresa Vamed.
“A linha de crédito está garantida por via dos seus bancos correspondentes, temos o visto de Tribunal de Contas e estamos já a fazer os devidos desembolsos”, concluiu.