O director clínico do CETEP (Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias), Damião Victorino, disse que não corresponde à verdade a acusação que dá conta que os pacientes desta unidade hospitalares recebem altas sem medicamentos
Algumas informações postas a circular nas redes sociais davam conta que no CETEP, localizado no Zango, os pacientes se queixam de estarem a receber alta prematura e dispensados sem os medicamentos para dar continuidade ao tratamento em casa.
Em entrevista ao jornal OPAÍS, o director clínico do Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias, Damião Victorino, assegurou que esta informação não corresponde à verdade, pelo que são denúncias infundadas.
“O centro, desde a sua inauguração, nunca teve falta de medicamentos, dá de forma gratuita aos pacientes no acompanhamento diário do tratamento.
Os doentes registados não recebem alta prematura, a alta só é dada àqueles que já terminaram o tratamento e, caso apresentam melhoria, é-lhes permitido dar continuidade da terapia em casa”, esclareceu.
No caso de o paciente apresenar um quadro que pode dar continuidade ao tratamento em casa, o centro disponibiliza medicamentos.
“Nós nunca tivemos rotura no stock de medicamentos e, quando necessário, damos aos nossos pacientes quando saem.
Esta informação é falsa, são denúncias infundadas”, sustentou. Quanto à alimentação, que também foi um dos aspectos denunciados, o centro diz que disponibilizam três refeições diárias, sem nenhuma dificuldade.
Todos os pacientes, segundo o entrevistado, que acorrem para aquela unidade hospitalar são bem acolhidos, os funcionários trabalham com empenho e dedicação, dia e noite, com o objectivo principal de ajudar no tratamento e melhoria destes que procuram pelos cuidados de saúde.
O Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias, é uma unidade hospitalar especializada para acudir casos de critério de internamento graves, conta com 1500 camas.
Por dia acorrem ao banco de urgência cerca de 200 pacientes e são internados cerca de 60 a 70 doentes.
A maior parte dos pacientes que internam naquela unidade hospitalar são diagnosticados com tuberculose pulmonar, cerca de 450 pacientes sensíveis, dos quais 60 pacientes com tuberculose e multidrogas resistentes.
E deste número a unidade de cuidados intensivos regista 65 doentes com tuberculose em estado grave.
Os pacientes são maioritariamente jovens com idades compreendidas entre os 15 e 45 anos de idade, a maior parte são do sexo masculino.
Para além da tuberculose, muitos pacientes tem um histórico de consumo de álcool e tabaco por excesso, que muitas vezes também estão associados ao HIV-SIDA, tuberculose e insuficiência renal, diabetes, tuberculose e gravidez, hipertensão, e até mesmo transtornos psicológicos.