No Cazenga, o rufar do batuque, a corneta e outros instrumentos musicais indispensáveis à música e à dança Kazukuta, passaram a fazer parte do diaa-dia dos habitantes daquela circunscrição.
Dançarinos, funileiros, instrumentistas, entre outros elementos, abraçam o desafio com bastante ânimo, trabalhando ao máximo para que tudo se concretize conforme o planificado.
A intenção é coordenar e mostrar ao grande público o que têm praticado nos ensaios que se assumem cada vez mais exigentes, de modo a proporcionar um espectáculo divertido, colorido e competitivo.
O município far-se-á representar na presente edição do Entrudo com quatro grupos carnavalescos: o União Petrolíferos do Semba do Cazenga, o União Estrela da Kazukuta do Cazenga, ambos na classe A, adultos.
Enquanto na classe C, Infantil, o Cassules dos Petrolíferos Semba Cazenga, o Cassules Admiradores do Hoji Ya Henda Kazukuta Cazenga.
Apesar das dificuldades por que passam, os integrantes do grupo continuam expectantes e cheios de energia para poder partilhar com o público, durante a sua exibição na nova marginal da Praia do Bispo, em Luanda.
É caso do União Estrela da Kazukuta do Cazenga, que apesar de recente na História do Carnaval de Luanda, marcará, pela segunda vez consecutiva, a sua presença no Entrudo, homenageando a estação televisiva da nova Angola, a TV Zimbo, com a canção com o mesmo nome.
Sem avançar detalhes à letra, o presidente desta formação carnavalesca, Zé Manel, adiantou à nossa reportagem que, apesar das dificuldades por que tem passado o grupo, os seus integrantes continuam animados e cheios de energia para poder partilhar com o público durante a exibição na nova marginal de Luanda.
O responsável garantiu que os ensaios prosseguem a bom ritmo e com o rigor de sempre, associado a uma atenção redobrada em cada detalhe nos espaços definidos para a sua preparação.
Referiu, igualmente, que este ano, devido às dificuldades de ordem logística e financeira, o seu grupo desfilará com um número reduzido de 180 elementos, dos quais 40 figurinistas, 20 bailarinos, na linha de frente e na retaguarda, 80 bessanganas e 40 meninas.
“Os ensaios estão a ser realizados sem sobressaltos e, para a articulação do pessoal, tivemos que repartir o grupo em dois. Uns ensaiam junto à esquadra da Polícia Nacional e os outros no Kalawenda.
Estamos todos muito bem e cheios de ‘Jinika’, força”, admitiu. O responsável sublinhou que, apesar dos escassos recursos que se dispõem, já têm preparado a indumentária da corte, faltando apenas a alegoria e o painel, que muito os preocupa.
“Conforme frisei, faltam-nos ainda valores para terminarmos o painel, a alegoria, e independentemente disso, também nos falta acertar a questão das sombrinhas, os chapéus dos dançarinos e os figurinos que vão dançar, incluindo as bessanganas para as mamãs”, disse.