Na cidade de Abidjan, na Côte D’Ivoire, os Palancas Negras e as Super Águias batem-se nos quartos-de-final do CAN, no Estádio Felix Houphouet Boigny, às 18h00. Os avançados Mabululu, Jelson Dala e Gilberto continuam a preocupar à defesa nigeriana
Hoje, Angola e a Nigéria discutem uma vaga para as meias- finais do CAN, que decorre na Côte d’Ivoire, na cidade de Abijan, no Estádio Felix Houphouet Boigny, às 18h00. De acordo com a bola de cristal da maior cimeira do desporto-rei em África, o favoritismo reside nas hostes dos Palancas Negras orientados pelo técnico Pedro Gonçalves.
A ferramenta preditiva da festa do futebol, em termos competitivos, coloca a Selecção angolana à frente dos nigerianos, visto que em todos os jogos foi melhor em termos técnicos e tácticos. A decisão mais provável é que Angola vença a Nigéria por um resultado magro ou gordo, na medida em que os dados estatísticos mostram que os Palancas Negras foram superiores em relação às Super Águias nas fases anteriores.
Por conta disto, no onze ideal do CAN, os atletas angolanos estão em maioria, incluindo o próprio técnico Pedro Gonçalves, que continua a despertar interesse de muitos olheiros na prova.
Jelson Dala, Fredy e Tó Carneiro, nomes que continuam a preocupar o adversário fora de campo antes do jogo, estão na equipa cria- da pela Confederação Africana de Futebol (CAF). Da formação nigeriana, Calvin Bassei Anedola Lookman fazem parte da equipa, mas espanta não constar o nome da sua principal estrela, Victor Osimhen, do Nápoles de Itália.
A equipa técnica, que orientou os trabalhos à porta fechada, mantém o mesmo onze com uma ou outra alteração, mas é ponto as- sente que o médio Fredy, Show e os avançados Mabululu, Jelson Dala e Gilberto estão motivados e querem dar alegria aos angolanos. O sector defensivo continua a fazer as correcções técnicas e tácticas, visto que Kialonda pode fazer parelha com Kinito ou Jonathan Buatu, nomes que continuam a garantir confiança ao grupo. Os nigerianos sabem das dificuldades por que vão passar, aliás, em 2004/2005, Angola é que tirou, tecnicamente, as Super Águias do Mundial da Alemanha 2006.
Na Cidadela, em Luanda, com golo de Akwá, os Palancas colocaram- se em vantagem, visto que, no em- bate de resposta em Kanu, o médio Figueiredo marcou e depois Okocha empatou. O resultado afastou todas as hipóteses de os nigerianos chegarem ao Mundial, porque em Kigali, na última jornada, Akwá marcou o golo de ouro frente ao Ruanda e pela primeira vez Angola foi a um Mundial. Para os nigerianos, o histórico é pesado e pela forma como Angola está a jogar não se duvida que a história se pode repetir, mas de outra forma e com uma geração mais nova.
Isto está a preocupar o avançado do Nápoles de Itália Victor Osimhen, porque tem noção de que Angola tem conjunto e conta com atletas que sabem desequilibrar no um para um. O avançado do Nápoles conhece o poder e a capacidade do médio Zito Luvumbo, que também joga no Campeonato italiano, concreta- mente no Cagliari, sendo uma das peças fundamentais.